Com venda proibida, álcool líquido 70% sai das prateleiras e poucos sentem falta
Sem o produto, consumidores em Campo Grande dizem que voltaram a usar o álcool 46%
Com a venda proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a partir de hoje (30), o álcool líquido 70% já está fora das prateleiras dos principais supermercados de Campo Grande. Segundo os funcionários, há dias o produto foi recolhido.
Sem o material disponível, que se tornou queridinho para a higienização das mãos e de superfícies durante a pandemia, os consumidores campo-grandenses voltaram a usar o álcool 46%. A retirada foi decidida por conta do alto teor inflamável, que potencializa o risco de explosão.
No Supermercado Pires, localizado na Rua Marquês de Pombal, funcionário afirmou que todas as unidades de álcool líquido 70% foram retiradas das prateleiras há duas semanas. Segundo ele, quando os clientes questionam e procuraram o produto, eles explicam que estão seguindo decisão da Anvisa e oferecem a versão autorizada.
Em outro ponto da cidade, no Supermercado Nunes, localizado na Avenida Três Barras, as prateleiras do setor de limpeza tinham apenas o álcool 46%. O gerente do local, Edson Carlos, conta que com o fim da pandemia houve uma diminuição na procura. O produto não está disponível desde o início do mês de abril e o mercado vende apenas a versão 46% e em gel.
Nas prateleiras do Fort Atacadista, localizado na Avenida Três Barras, o Campo Grande News também não encontrou unidades de álcool líquido 70%.
A falta do produto não foi sentida pela estudante Sarah Victoria Santos Moretto, de 26 anos. "Para mim é indiferente! O preço do 70 líquido não compensava para fazer limpeza, então sempre peguei o 46, que era quase metade do preço", relata.
De acordo com a decisão da Anvisa, o álcool 70% só poderá ser vendido em versão gel. O álcool 70% na forma líquida já havia sido proibido há 22 anos, em 2002, por causa dos acidentes domésticos. Ele foi liberado novamente para o público geral por causa da pandemia de covid-19, para facilitar o acesso a produtos de desinfecção para combater o vírus. O prazo terminou no dia 31 de dezembro do ano passado e foi renovado até hoje.
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