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Cidades

Consórcio levanta barracões para começar o acesso à ponte da Rota Bioceânica

Construtoras ainda aguardam estudos do Dnit para que desapropriações sejam feitas e obra comece

Por Lucas Mamédio | 13/09/2024 09:08
Vista aérea dos barracões levantados pelo consórcio PDC Fronteira (Fotos: Toninho Ruiz)
Vista aérea dos barracões levantados pelo consórcio PDC Fronteira (Fotos: Toninho Ruiz)

A obra da estrada que ligará a BR-267 à ponte da Rota Bioceânica, em Porto Murtinho, na fronteira com o Paraguai, até a cidade de Carmelo Peralta, deve começar dentro de algumas semanas. Segundo informações repassadas pela Construtora Caiapó, que junto da Paulitec e DP Barros Pavimentação formam Consórcio PDC Fronteira, eles ainda aguardam alguns estudos do Dnit (Departamento Nacional de Trânsito) para começarem os trabalhos.

Porém, os barracões que vão abrigar os funcionários e equipamentos já estão sendo montados às margens da rodovia. Imagens aéreas mostram quão avançada está a montagem da estrutura.

O acesso rodoviário terá 13 quilômetros de extensão, custará R$ 472 milhões e passará por dezenas de propriedades rurais, o que vai demandar um complexo processo de desapropriações encabeçado pelo Dnit.

Outro ângulo da vista aérea dos barracões levantados pelo consórcio PDC Fronteira
Outro ângulo da vista aérea dos barracões levantados pelo consórcio PDC Fronteira

Inclusive, o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), em reunião com alguns desses proprietários, disse ter ouvido reclamações sobre a falta de informação em relação às desapropriações.

“Alguns vieram me falar que falta comunicação, que não sabem se é a empresa ou se é o Dnit, mas acho que já estão resolvendo”, declarou o prefeito.

O consórcio será responsável apenas pela elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia, execução das obras de implantação e pavimentação do acesso à ponte internacional sobre o rio Paraguai, contorno rodoviário de Porto Murtinho na BR-267/MS e centro aduaneiro de controle de fronteira.

Em novembro de 2023, o governo havia informado que prazo para execução do projeto do acesso era de 26 meses, o que faria a obra ser entregue no primeiro semestre de 2026.

Mapa do Dnit mostra traçado do acesso que vai ligar a BR-267 até a ponte Bioceânica, entre Porto Murtinho (MS) e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta
Mapa do Dnit mostra traçado do acesso que vai ligar a BR-267 até a ponte Bioceânica, entre Porto Murtinho (MS) e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta

Também está prevista a construção de um Centro Integrado do Controle de Fronteira. Os valores serão divididos como sendo 50% para o acesso e 50% para o Centro Alfandegário.

O Campo Grande News acionou o Dnit sobre as reclamações de falta de comunicação e andamento do projeto, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

Detalhamento do projeto - De acordo com o projeto detalhado do acesso, a pista de rolamento do acesso terá 2 x 3,60 metros, o acostamento será de 2 x 3 metros, a largura total da plataforma será de 13,20 metros e a faixa de domínio terá 100 metros. Serão instalados 18 bueiros (tubulares e celulares, sendo cinco deles destinados à passagem de fauna).

A obra contará com um viaduto de passagem superior na BR-267, seis pontes de concreto e uma extensão total de OAE de 1.360 metros. O prazo de execução (projeto e obras) é de 26 meses. O empreendimento é parte de corredor que passa por Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, tornando-se fundamental para aumentar a integração entre os países da América Latina.

Imagem da obra de construção dos pilares da ponte no lado brasileiro
Imagem da obra de construção dos pilares da ponte no lado brasileiro

A ponte - A obra da ponte sobre o Rio Paraguai, motivo pelo qual o acesso é necessário, está com mais de 60% concluída e previsão de conclusão em 2025. Ela faz parte de um complexo estrutural logístico que vai conectar o Centro-Oeste brasileiro ao Paraguai e à Argentina, até chegar aos portos de Iquique e Antofagasta, no Chile, e facilitar as relações comerciais com países asiáticos. A ponte é financiada pela Itaipu e construída pelo Consórcio Pybra, tendo começado no lado paraguaio.

O início da estrutura no lado brasileiro é recente, mas os pilares sobem rapidamente, já começando, inclusive, a ser acrescentada a plataforma central da ponte.

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Colaborou Toninho Ruiz


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