Consultoria será contratada para elaborar e executar plano contra inundação

A Prefeitura de Campo Grande inicia processo que irá culminar na contratação de empresa para elaboração do plano de controle de inundação e de projetos e estudos na área de drenagem na cidade. O contrato será firmado por meio de financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), estimado em R$ 10 milhões.

Hoje, no Diário Oficial da União, consta o aviso de “solicitação de manifestação de interesse”. A contratação é para “consultoria de engenharia para simulação matemática de controle de inundação, levantamento topográfico e cadastral, elaboração de banco de dados”, além de implementação dos sistemas de monitoramento da rede de drenagem.

A subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos da prefeitura, Catiana Sabadin, disse que este é o passo inicial do trabalho. As empresas interessadas na execução dos serviços devem encaminhar portfólio. Depois disso, os selecionados entram na “lista curta”.

A escolha da lista curta, em que devem constar de cinco a oito empresas, será baseada na experiência da empresa e de sua equipe na elaboração de estudos, planos e projetos relacionados a drenagem de águas pluviais, em cidades de porte igual ou superior ao de Campo Grande.

Pela publicação no Diário da União, consta que a empresa deverá demonstrar experiência em estudo, planos e projetos relacionados a drenagem de águas pluviais, modelagem e controle de inundação, projetos ou estudos na área de drenagem, levantamentos topográficos urbanos e desenvolvimento, implantação e suporte técnico de sistema de informatização de gestão.

Depois dessa pré-seleção, serão encaminhados aos escolhidos os termos de referência, com detalhamento do serviço o respectivo edital.

Segundo apurado pela reportagem, a “simulação matemática de controle de inundação” consiste em estudo de vazão e dimensionamento das seções de tubulações e canais de drenagem.

O monitoramento da rede de drenagem, previsto no serviço, irá auxiliar na tomada de decisão para escolha do tipo de sistema: a empresa faz um levantamento de toda a situação de drenagem da cidade, verifica o existente, faz o cálculo para ver se é suficiente ou não,  dimensiona como deve ser feito e, depois, ajuda na decisão do projeto final de drenagem.

Sobre o cronograma, Catiana Sabadin estima que o processo de seleção da empresa deve durar aproximadamente quatro meses. A elaboração dos estudos e do plano de contenção deverão ser iniciados a partir da emissão da ordem de serviço, e a consultoria contratada terá 180 dias para execução dos serviços.

As chamadas “Manifestações de Interesse” deverão ser entregues, até as 17h (MS), do dia 3 de abril, na coordenadoria da Unidade Gestora do Programa.

Transtornos – Segundo o Ministério de Minas e Energia, Mato Grosso do Sul tem 39 áreas de risco, com chance de deslizamento e inundações. Destas, 4 foram listadas em Campo Grande, sendo encontro das avenidas Ernesto Geisel e Euler de Azevedo, no São Francisco; Avenida José Rodrigues Barbosa, na Vila Popular; Rua Elenir Amaral, no Jardim Zé Pereira; e Avenida Capibaribe, no Jardim Petrópolis.

O mapa não contempla a totalidade das cidades brasileiras, e sim as 1,6 mil cartografadas até o momento. Assim, podem existir áreas sujeitas a desastres em localidades ainda não mapeadas pelo serviço.

Nos últimos meses, com ocorrência de temporais, Campo Grande registra inundações e transtornos em vários bairros. O prognóstico para o outono, que se inicia no dia 20, ainda é de chuvas.