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Cidades

“Duas horas não vão fazer diferença”, diz prefeito contrariado com decreto

Marquinhos Trad se reúne com comitê para tomar as decisões que podem entrar em vigor nos próximos dias

Gabriela Couto e Mariana Rodrigues | 10/03/2021 09:49
Prefeito Marquinhos Trad (PSD) vai analisar o decreto do governo do Estado com equipe técnica (Foto: Kísie Ainoã)
Prefeito Marquinhos Trad (PSD) vai analisar o decreto do governo do Estado com equipe técnica (Foto: Kísie Ainoã)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) considera as medidas tomadas pela Prefeitura de Campo Grande nesta semana mais eficazes que a ampliação do toque de recolher, previsto para ser publicado ainda hoje pelo governo do Estado. A medida prevê restrição de circulação da população de Mato Grosso do Sul a partir desta quarta-feira (10), às 10h. Mas, cada município tem autonomia para aplicar seus decretos.

De acordo com o Trad, a preocupação do Executivo Estadual deveria ser diferente. “O Estado deveria se preocupar em abrir novos leitos e não diminuir uma ou duas horas. A preocupação do Estado deveria ser evitar o envio de paciente para Campo Grande”, reclamou.

Ele voltou a afirmar que dos 300 leitos disponíveis na capital, 100 são ocupados por pacientes do interior. “Por isso acredito que embora surta efeito psicológico nas pessoas, a diminuição de uma ou duas horas no toque de recolher é uma medida que não vai surtir efeito. Seria mais lógico ter evitado as festas e não ter dado ponto facultativo, como o do Carnaval”, pontuou.

Às 10h o prefeito se reúne c om o Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 para analisar o texto do governo estadual que ele ainda não teve acesso. Somente após esse encontro Trad irá definir o que poderá ser adotado em Campo Grande.

No entanto, ele destacou que é contrário a implantação de medidas imediatas. “Isso precisa de um prazo de dois a três dias de antecedência para entrar em vigor, porque as pessoas precisam se organizar.”

Desde segunda-feira (08) o município tem retomado as ações de combate a pandemia, como descontaminação de terminais de transbordo, feiras livres, ruas mais movimentadas, além de retornar com barreiras sanitárias, ampliar o número de viagens de ônibus nos horários de pico.

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