“Duas horas não vão fazer diferença”, diz prefeito contrariado com decreto
Marquinhos Trad se reúne com comitê para tomar as decisões que podem entrar em vigor nos próximos dias
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) considera as medidas tomadas pela Prefeitura de Campo Grande nesta semana mais eficazes que a ampliação do toque de recolher, previsto para ser publicado ainda hoje pelo governo do Estado. A medida prevê restrição de circulação da população de Mato Grosso do Sul a partir desta quarta-feira (10), às 10h. Mas, cada município tem autonomia para aplicar seus decretos.
De acordo com o Trad, a preocupação do Executivo Estadual deveria ser diferente. “O Estado deveria se preocupar em abrir novos leitos e não diminuir uma ou duas horas. A preocupação do Estado deveria ser evitar o envio de paciente para Campo Grande”, reclamou.
Ele voltou a afirmar que dos 300 leitos disponíveis na capital, 100 são ocupados por pacientes do interior. “Por isso acredito que embora surta efeito psicológico nas pessoas, a diminuição de uma ou duas horas no toque de recolher é uma medida que não vai surtir efeito. Seria mais lógico ter evitado as festas e não ter dado ponto facultativo, como o do Carnaval”, pontuou.
Às 10h o prefeito se reúne c om o Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 para analisar o texto do governo estadual que ele ainda não teve acesso. Somente após esse encontro Trad irá definir o que poderá ser adotado em Campo Grande.
No entanto, ele destacou que é contrário a implantação de medidas imediatas. “Isso precisa de um prazo de dois a três dias de antecedência para entrar em vigor, porque as pessoas precisam se organizar.”
Desde segunda-feira (08) o município tem retomado as ações de combate a pandemia, como descontaminação de terminais de transbordo, feiras livres, ruas mais movimentadas, além de retornar com barreiras sanitárias, ampliar o número de viagens de ônibus nos horários de pico.