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Cidades

Falso engenheiro preso em Campo Grande nega assassinato de francês no RJ

Ele afirmou à polícia carioca que levou pertences da casa como parte de pagamento; polícia apura latrocínio

Dayene Paz | 24/12/2022 08:44
Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, de 25 anos, morto após tortura. (Foto: Divulgação) 
Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, de 25 anos, morto após tortura. (Foto: Divulgação)

Preso em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (23), Alessandro de Azevedo Monteiro, 26 anos, negou participação no assassinato do pedagogo e empresário francês Rodolphe Jean-Claude Maurice, 25, ocorrido no Rio de Janeiro. Ele afirmou que levou os pertences da casa como parte do pagamento pelo serviço.

Na DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) do Rio de Janeiro, Alessandro disse que devolveria os pertences. Conforme a polícia carioca, por causa da perplexidade do caso, a polícia francesa - através do consulado da França no Brasil - também abriu investigação paralela e foram expedidos mandados de prisão internacionais para os autores.

Alessandro foi preso nesta sexta-feira em Campo Grande por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações), que cumpriram mandado de prisão expedido no dia 6 de outubro pela Justiça do Rio. O GOI fez batida em um pensionato da Avenida Mato Grosso, região central, onde Alessandro estava morando. No quarto, ele não resistiu à prisão e ainda afirmou que "já esperava a polícia".

O pedagogo e empresário francês Rodolphe Jean-Claude Maurice foi torturado com marteladas e morto dentro de uma casa que ele comprou para reformar e transformar em pousada na zona oeste do Rio de Janeiro. A polícia, quando o corpo foi encontrado no dia 28 de agosto deste ano, apurava latrocínio - roubo seguido de morte - contudo, a violência empregada no crime chamou a atenção.

Jean-Claude foi torturado e sofreu "intenso sofrimento físico" por três homens, sendo eles: Alessandro, Thiago Mariano dos Santos - preso nesta semana - e o pedreiro Tawan Matheus Barros Virgolino, este último ainda procurado pela polícia. Jean foi agredido com um martelo, que chegou a quebrar.

Diante da tortura, a polícia descobriu que a vítima havia se desentendido com um homem que contratou para fazer a reforma do imóvel. Alessandro se passou por engenheiro após um anúncio e procurou Rodolphe. Eles assinaram contrato no dia 20 de julho no valor de R$ 180 mil e a vítima pagou um terço acertado, de R$ 60 mil.

A partir de então, eles começaram a ter divergência, pois Alessandro parou de prestar o serviço. Rodolphe descobriu que Alessandro não era engenheiro e já tinha ficha criminal, decidindo que iria entrar com uma ação contra ele. Foi quando Alessandro decidiu matá-lo.

No dia 27 de agosto, o trio foi até o imóvel, onde amarram a vítima e a agrediram com marteladas. Eles fugiram do local levando um aparelho iPhone 11 ProMax, um Playstation 5 e um MacBook, que foram vendidos a receptadores na manhã seguinte. A polícia conseguiu identificar os receptadores e recuperou todos os bens.

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