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Cidades

Governo suspende licitação por suspeita de irregularidade em compra de cobertor

Doação de mantas para aquecer famílias carentes é feita anualmente pela Sedhast na campanha do agasalho

Gabriela Couto | 25/05/2021 19:38
Suspenso, edital de compra de cobertores de microfibra pode atrasar entrega das mantas para as famílias neste ano (Foto Divulgação)
Suspenso, edital de compra de cobertores de microfibra pode atrasar entrega das mantas para as famílias neste ano (Foto Divulgação)

A compra de 120 mil cobertores de microfibra que seriam doadas pela Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) para aquecer as famílias carentes do Estado foi suspensa. A decisão do Governo do Estado foi publicada na edição desta terça-feira (25) no Diário Oficial “em decorrência da Análise exarada no TC 5696/2021 do Tribunal de Contas do Estado.”

A empresa Altomax comércio de meias e cobertores, importação e exportação ganhou o edital de R$ 4.006.800,00. No entanto, ela é citada no recurso da concorrente L & L Comercial e Prestadora de Serviços, apresentando no dia 6 de maio.

O primeiro ponto levantando pelo proprietário da L& L, Leonardo Primo de Araújo é o grau de parentesco entre as primeiras colocadas no certame.

O representante da Altomax, Janderley Hespanhol Cavalcante, é irmão mais velho do representante, proprietário da empresa JH Cavalcante e vereador de Mundo Novo, Jefferson Hespanhol Cavalente, o Pinduca (MDB).

Além disso, as duas empresas que são concorrentes e adversárias apresentaram documentos trocados nos envelopes. “Os documentos apresentados pela empresa JH são da empresa que venceu o item de cota principal, a Altomax. Como uma empresa apresenta a documentação de uma concorrente em um certame de expressivo valor?”, pontuou Leonardo.

Por isso, o empresário colocou em debate a possibilidade dos licitantes descumprirem o caráter de isonomia do processo. “Isso aí tem que ser analisado corretamente. O que é justo e o que é certo tem que ser feito”, disse o empresário à reportagem.

Já Pinduca afirmou que é alvo de um denuncismo desnecessário. “Eu já fui desclassificado e perdi o certame. Estão vindo com cavalo de batalha em cima de mim. O fato do Janderley ser meu irmão não o impede de participar. O que estão fazendo comigo é um absurdo. Não tem fundamento nenhum”, afirmou o vereador.

O irmão, Janderley também alegou desconhecer a participação de Pinduca na licitação. “Sou gerente administrativo e vim representar uma amostra que meu patrão mandou. Não tenho contato com a empresa do meu irmão. Nem sabia que ele ia mostrar o produto. A empresa está aguardando a decisão tranquila. Com um volume desses acho que todo o Brasil deve ter participado do pregão”, concluiu.

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