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Cidades

Greve dos Correios continua sem acordo e chega a 30 dias em MS

Audiência no Tribunal Superior do Trabalho para julgar dissídio coletivo está marcada para segunda

Ana Paula Chuva | 17/09/2020 14:23
Porta de Agência dos Correios na Capital. (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)
Porta de Agência dos Correios na Capital. (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)

Sem avanço nas negociações, a greve dos correios já dura 30 dias e em Mato Grosso do Sul são 34 municípios e 70% dos trabalhadores paralisados. A empresa entrou com dissidio coletivo de greve no TST (Tribunal Superior do Trabalho) e o julgamento está marcado para dia 21 de setembro.

Conforme a presidente do Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de MS) Elaine Regina de Souza Oliveira,  há 15 dias houve uma proposta de manutenção das clausulas contratuais, mas sem nenhum reajuste, mas foi negado.

“Não estamos lutando por reajuste. Aceitamos a manutenção das clausulas, mas os Correios não aceitaram. Teve uma audiência de conciliação questionando a empresa sobre cláusulas sociais que não geram ônus e eles estavam retirando, mas e negaram a apresentar proposta para mediação”, destacou.

A categoria espera agora o julgamento marcado para a próxima segunda, às 13h30 em Brasília e mantém a greve por enquanto.

“Estamos mantendo a greve inclusive para não ter uma alteração de data no TST. Após isso os funcionários estarão analisando a situação. Hoje estamos com uma media de 70% servidores em greve em 34 municípios do Estado”, informou a instituição.

Após a o resultado do julgamento a segunda, será realizada uma assembleia para analisar a situação. “Logo após vamos analisar o encaminhamento da federação e a partir dai vamos dialogar com os trabalhadores do Estado”, completou.

Parte dos trabalhadores decidiu cruzar os braços em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. A categoria também reivindica mais atenção, por parte da empresa, quanto aos riscos que o novo coronavírus representa para os empregados.

Correios – Em nota enviada nesta semana, a estatal informou que desde o mês de julho, os vêm tentando negociar os termos do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021, em um esforço para fortalecer as finanças da empresa e preservar sua sustentabilidade.

A empresa ainda diz que enquanto os sindicatos insistem em manter uma proposta imprudente  diante da crise atual, os Correios entendem que "não há margem para medidas incompatíveis com a situação econômica atual e vislumbra uma economia da ordem de R$ 800 milhões ao ano, apenas com o racionamento dos gastos com pessoal: o suficiente para recuperar, em três anos, o prejuízo de R$ 2,4 bilhões acumulados em gestões passadas", diz a nota.

Em nota a empresa também informou que aguarda o julgamento do dissídio e, com ele, o retorno dos trabalhadores. "Cientes da sua responsabilidade para com a sociedade e da sua importância para a prestação de serviços essenciais à população, em um momento tão delicado para o país e o mundo", finaliza.

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