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Cidades

Justiça prorroga plantão e suspende júri de acusada de matar ex-superintendente

Regime de plantão do TJ vai até 14 de junho e suspende júris, entre eles, o de Fernanda Sylvério, pela morte de ex-superintendente

Silvia Frias | 24/05/2020 10:27
Fernanda Sylvério está presa desde novembro de 2019 e já mudou versão para o crime (Foto/Arquivo: Kisie Ainoã)
Fernanda Sylvério está presa desde novembro de 2019 e já mudou versão para o crime (Foto/Arquivo: Kisie Ainoã)

Em mais uma portaria, o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) prorrogou o regime de plantão até dia 14 de junho, cancelando, também, todos os julgamentos previstos no período, mesmo as que envolvem réus presos.

Com a medida, já foi cancelado o julgamento de Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, acusada de matar Daniel Nantes Abuchaim, 46 anos, ex-superintendente Gestão de Informação do Governo de Mato Grosso do Sul, em 2019.

A prorrogação anterior esta prevista até dia 31 de maio, mas, a nova portaria, publicada na edição do Diário da Justiça de segunda-feira (25), já disponível no sistema, altera a vigência da medida, agora, até 14 de junho.

A determinação assinada pelo presidente do TJ-MS, Paschoal Carmello Leandro, está relacionada às medidas de seguranças adotadas para evitar a disseminação do novo coronavírus (covid-19).

Até os julgamentos de réus presos serão suspensos, pela impossibilidade de realizar a sessão por videoconferência.

Nessa lista, entra o julgamento de Fernanda Sylvério, que tinha júri marcado para o dia 10 de junho, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. Daniel foi morto no dia 19 de novembro em um motel no Jardim Noroeste e o corpo desovado às margens de uma estrada vicinal no Jardim Veraneio. Presa no dia seguinte ao crime em uma casa no bairro Los Angeles, Fernanda disse à polícia que agiu sozinha e matou Daniel por vingança. Ela e a namorada estariam sendo assediadas pela vítima. Dias depois ela mudou a versão, afirmou que ele foi morto por um desconhecido e que só assumiu o homicídio após ter sido ameaçada.

Ainda está mantido, caso não hava nova prorrogação da portaria do TJ-MS, o julgamento da tenente-coronel da PM, Itamara Romeiro Nogueira, acusada de matar o marido, o major da PM, Valdeni Lopes Nogueira, em crime ocorrido no dia 12 de junho de 2016.

 A oficial afirmou à Justiça que foi vítima de violência doméstica e, naquele dia, agredida com socos e tapas, teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa. Itamara responde pelo crime em liberdade.

Para a segunda quinzena de junho, ainda sem data fixa, está previsto o júri popular de Evaldo Christyan Dias Zenteno, acusado de matar afogado o próprio filho, Miguel Henrique dos Santos Zenteno, de dois anos, no dia 19 de setembro do ano passado.

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