Justiça prorroga prisões de piloto e vigia envolvidos em roubo de avião
Eles foram presos durante a Operação Ícaro fase Rota Caipira, deflagrada pela Polícia Civil, em Paranaíba
A juíza em substituição da Vara Criminal, Naria Cassiana Barros, prorrogou ontem (1º) por mais cinco dias as prisões temporárias dos envolvidos no roubo do avião, ocorrido no dia 18 de junho, em Paranaíba, distante 422 quilômetros de Campo Grande. O piloto Edmur Guimara Bernardes, 78 anos, e o funcionário do Aeroporto Municipal, Idevan Silva Oliveira, 52 anos, estão detidos na Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), desde a última quinta-feira (27). Eles foram presos durante a Operação Ícaro - fase Rota Caipira, desencadeada pela Polícia Civil.
Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, titular da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), investigações comprovaram o envolvimento dos acusados no roubo da aeronave matrícula PR-NAL, quando simularam sequestro, para Edmur levar o avião até o Paraguai. Lá, transportou liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital) daquele país até a Bolívia.
Rota Caipira - Durante a Operação em conjunto com a 1ª Delegacia e Delegacia Regional da Polícia Civil de Paranaíba, a Deco cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Paranaíba, sendo dois mandados de prisões temporárias de Edmur e Idevan.
Na ação, a Polícia Civil prendeu em flagrante Nelson Palchet, 67 anos, por posse irregular de arma de fogo. Durante o cumprimento dos mandados de busca, foram encontrados na casa dele, uma pistola 765, um revólver calibre 38 e diversas munições. As investigações comprovam que Nelson tem ligações com o piloto, além disso mantinha em Paranaíba um comércio clandestino de combustível de aviação.
"Sequestro e roubo de avião" - As investigações começaram com a análise das imagens de 11 câmeras de segurança do Aeroporto Municipal de Paranaíba, na manhã do dia 18. O suposto sequestro envolveu seis homens, quadro deles encapuzados, e durou 44 minutos. Edmur foi levado pelo grupo, enquanto Idevan (o vigia) ficou preso e amarrado em um dos banheiros.
Após reaparecer em aeroporto de Cáceres (MT) no dia 19, o piloto foi ouvido pela polícia e contou uma história digna de roteiro de cinema sobre as mais de 30 horas que ficou desaparecido, depois de decolar de Paranaíba. Na quinta-feira passada, quando foi desencadeada a operação, a versão caiu por terra e ele foi preso, junto com o vigia do aeroporto, revelando a suspeita de envolvimento com o grupo criminoso.