MS cria plano para unidades de saúde enfrentarem infecção hospitalar
Resolução da SES aponta medidas a serem adotadas conforme o tipo de bactéria encontada
A SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) publicou no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (4) o plano de contingência para infecções causadas por bactérias. As medidas entram em vigor também a partir de hoje para os hospitais com UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). A duração mínima será de 6 meses, podendo ser prorrogado.
Segundo a publicação, o Estado conta com 30 unidades de saúde com leitos UTI somando a rede pública, privada e militar, concentradas especialmente em Campo Grande e Dourados. Durante a pandemia de covid-19, três hospitais implementaram esse tipo de leito como medida emergencial.
A adoção do plano tem por base os casos no âmbito nacional e a crescente na infecção hospitalar verificada desde o começo da pandemia em 2020. Em 2021, o número oficial foi de 34 e em 2022 foram 28. A ponto de comparação, em 2012, foram oito casos.
O objetivo geral do plano publicado é a definição das responsabilidades da SES. Além disso, a organização necessária para a prevenção e o controle das infecções por "microrganismos multirresistentes" pelos municípios e serviços de saúde que possuam leitos de UTI.
O documento traz ainda os objetivos específicos de promover articulações, parcerias e termo de cooperação com os hospitais; monitorar a execução do plano; realizar campanhas informativas; mobilizar funcionários e materiais necessários para implementar.
A coordenação do plano previsto na resolução tem membros da secretaria estadual, Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Laboratório Central e Sociedade Sul-Mato-Grossense de Infectologia.
As bactérias priorizadas no plano de combate também são citadas no texto. Caso seja verificada a presença de Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa e bactérias da ordem Enterobacterales em amostras de sangue, tecidos e biópsias, a pasta estadual deve ser acionada.
O plano cita três cenários e as ações previstas para cada um deles. A diferença está na quantidade de hospitais que apresentarem as bactérias listadas anteriormente em menos de 20%; entre 20% e 40% e acima de 40%.
As medidas envolvem protocolo para lavagem das mãos para profissionais de saúde, pacientes e visitantes, disponibilizar equipamentos de proteção individual e notificar os casos para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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