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Cidades

MS não alcança meta de vacinação que previne 7 tipos de câncer

Meninas e meninos de 9 a 14 anos devem ser vacinados, mas 76% das garotas e 53% dos garotos tomaram 1ª dose

Caroline Maldonado | 14/03/2023 09:18
Menina recebe dose da vacina contra o HPV (papilomavírus humano) em Campo Grande (Foto: Divulgação/PMCG)
Menina recebe dose da vacina contra o HPV (papilomavírus humano) em Campo Grande (Foto: Divulgação/PMCG)

A vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) está abaixo do esperado em Mato Grosso do Sul. Meninas e meninos de 9 a 14 anos devem tomar duas doses, mas apenas 76% das garotas e 53% dos garotos tomaram, pelo menos, a primeira dose, nos últimos oito anos. A vacina previne câncer de colo de útero, vulva, vagina, canal anal, pênis, além de boca e garganta.

A vacina é oferecida em MS há 8 anos. Nesse tempo, a meta era vacinar 120,5 mil meninas e 83 mil meninos com a primeira dose, mas entre elas 91,7 mil foram vacinadas. Entre os meninos, apenas 44,7 mil tomaram a primeira dose.

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) explica que a metodologia considera o acúmulo das doses aplicadas desde a implantação da vacinação até o ano atual. Os indicadores são calculados utilizando o acumulado das doses e a estimativa populacional de 2021.

Em Campo Grande, apenas 7% do público-alvo da vacina contra o HPV foi imunizado até o fim de 2022. O percentual foi o mesmo em 2021, de acordo com números divulgados pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

No Brasil - Há 9 anos, o Ministério da Saúde oferece a vacina, mas todos os anos é um grande desafio ampliar o número de vacinados. A vacinação da primeira dose à população feminina foi alcançada por apenas oito Estados do Brasil. São eles: Amazonas, Roraima, Ceará, Paraíba, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.

O governo federal investiu R$ 567 milhões na aquisição de 14 milhões de doses, mas nenhum Estado atingiu a meta de cobertura da segunda dose, conforme o Ministério da Saúde.

Prevenção - A infecção pelo HPV é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), que antigamente era chamada de DST. Em alguns casos, a infecção pode ficar de meses a anos sem manifestar sinais ou apresentar manifestações subclínicas, ou seja, que não são visíveis a olho nu.

Portanto, muitas pessoas estão com infecção, mas não sabem. O vírus também causa doenças em áreas como olhos, nariz, boca e garganta.

Também devem tomar a vacina mulheres e homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos, com esquema de três doses ( 0, 2, 6 meses), independentemente da idade.

A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV, mas atua contra os tipos mais frequentes, que são 6, 11, 16 e 18.

Usar preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais também previne o HPV, mas não impede completamente a infecção, pois as lesões estão em áreas não protegidas pela camisinha, como vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal.

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