ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  05    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

MS tem 1º caso suspeito de "fungo negro"

Paciente de 71 anos apresentou lesão no olho e está sob investigação; fungo surge só em ambiente hospitalar

Marta Ferreira e Jhefferson Gamarra | 01/06/2021 18:20
Imagem microscópica do fungo que está atacando pacientes contaminados pelo novo coronavírus. (Foto: BBC)
Imagem microscópica do fungo que está atacando pacientes contaminados pelo novo coronavírus. (Foto: BBC)

Paciente de 71 anos internado em Campo Grande com covid- 19 apresentou suspeita de contaminação pelo “fungo negro”, infecção oportunista em pacientes internados com a doença. A enfermidade se chama “mucomircose” e ganhou as manchetes nos últimos dias por causa da ocorrência de casos na Índia. É uma complicação grave, que surge no ambiente hospitalar e pode levar os acometidos à necessidade de mutilações e até matar.

Em documento chamado “comunicação de risco”, o Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Mato Grosso do Sul) confirma a notificação do “provável” caso.

No documento, divulgado à área técnica, o Cievs alerta para a coleta de material e envio ao Lacen (Labotatório Central de MS) o mais rápido possível. Podem ser usados para a detecção do fungo material como escarro ou secreções colhidas do nariz, por exemplo, e ainda em lesões de pele e mucosas.

Considerada infecção oportunista, a doença não é transmitida fora do hospital.  É tratava como uma consequência grave que está atingindo vítimas do pandemia já internadas. No Brasil, até o ultimo balanço, haviam sido 29 registros suspeitos.

A infecção pode começar com um problema de pele, mas pode se espalhar para outras partes do corpo. Tem sido detectada só em pessoas já hospitalizadas.

O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho”, alerta o texto do Cievs obtido pelo Campo Grande News.

Para o tratamento, são necessárias pelo menos 4 semanas de terapia antifúngica intravenosa, além de equipe multidisciplinar por afetar mais de um órgão.

Quem é – O paciente de Campo Grande com suspeita de estar com o fungo negro está internado. É diabético e hipertenso. O doente passou a ter sintomas de covid-19 em 9 de maio e teve o diagnóstico confirmado no dia 18.

Ele havia tomado as duas doses de vacina contra o coronavírus em março e abril. A suspeita se mucormicose surgiu em 28  de maio, no olho esquerdo. Hoje, segundo quadro descrito, está em ventilação mecânica, sem condições para transferência para instituição de maior complexidade.

Nos siga no Google Notícias