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Cidades

MS tem a 4ª maior taxa de domicílios que não foram recenseados no Brasil

O percentual representa 50.897 domicílios, do total de 1.208.975 casas

Izabela Cavalcanti e Guilherme Correia | 28/06/2023 11:46
Coordenadores do IBGE em Mato Grosso do Sul, apresentando os dados do Censo 2022, nesta terça-feira (Foto: Guilherme Correia)
Coordenadores do IBGE em Mato Grosso do Sul, apresentando os dados do Censo 2022, nesta terça-feira (Foto: Guilherme Correia)

Mato Grosso do Sul teve a 4ª maior taxa de “não resposta” do Censo Demográfico 2022, se comparado com as 27 Unidades da Federação. Nesta terça-feira (28), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os primeiros resultados do Censo, referentes à população e domicílios. Os demais dados ainda estão em análise e deverão ser divulgados ao longo das próximas semanas.

No Estado, 4,21% das pessoas não responderam a pesquisa. O percentual representa 50.897 domicílios, do total de 1.208.975. No Brasil, são 90,6 milhões, sendo que em 1.000.667 os moradores não responderam.

A maior taxa ocorreu em São Paulo (8,12%), seguido por Rio de Janeiro (4,51%) e Mato Grosso (4,32%). Paraíba teve menor taxa de não resposta, de 1,51%, seguido de Roraima (1,76%), Piauí (2,06%), Acre (2,11%) e Alagoas (2,17%).

A coordenadora do IBGE em Mato Grosso do Sul, Sylvia Assad, afirmou que houve muito envolvimento da população para a coleta de dados e que as notícias falsas foram algumas das principais dificuldades.

Ainda de acordo com ela, 935 pessoas ligaram no número 137, central de atendimento do Censo em Campo Grande, para serem recenseados.

"Quando a gente não consegue falar com o morador, é preciso explicar o que a gente está fazendo ali. Isso também foi um fator que dificultou. Nesse momento específico, a gente travou uma batalha também com as notícias falsas”, disse.

A coordenadora também ressaltou que Mato Grosso do Sul possui algumas dificuldades específicas na coleta de dados, que exigiram conhecimentos especializados e recursos, sobretudo nas regiões de aldeias indígenas, fronteiras terrestres com Paraguai e Bolívia, bem como a região do Pantanal, que possui inúmeras adversidades.

Outro problema lembrado por Sylvia é a falta de recenseadores. “Teve um impacto muito grande para que a gente investisse em um período de coleta maior do que aquele que a gente esperava ter, de três meses. Então, a falta de recenseadores aqui em Mato Grosso do Sul foi grande. Isso impactou sensivelmente no tempo de coleta que a gente tinha esperado para realizar”, completou.

Municípios - Mato Grosso do Sul tem 22 municípios que apresentaram redução em suas populações e outros 57 cresceram.

O Estado, como um todo, apresentou crescimento populacional de 12,56%, passando de 2.449.024 para 2.756.700 moradores.

Campo Grande ganhou 111.164 moradores a mais em 12 anos, representando aumento de 14,13% na população. É o terceiro maior crescimento entre as 20 cidades mais populosas.

Em 2010, a população residente era de 786.797, enquanto em 2022 passou para 897.938. A taxa de crescimento geométrico é de 1,1% por ano, menor que o esperado. Em 2010, a estimativa para 2021 era de 916 mil pessoas vivendo na Capital.

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