“Não imaginei que ia precisar na escola”, diz aluno que ajudou colega engasgado
Adrian aprendeu a manobra de Heimlich em um grupo da igreja que participa
O estudante Adrian Arruda Gonçalves, de apenas 12 anos, diz que nunca imaginou ter que precisar usar na escola o que aprendeu no curso de Primeiros Socorros da igreja. Com a manobra de de Heimlich, ele conseguiu desengasgar um colega que passava mal pelos corredores da Escola Municipal Felicia Emiko Kawamura Sakitani, em Dois Irmãos do Buriti.
Ele faz parte do Clube Desbravadores, formado por jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Foi graças ao que aprendeu nas aulas, fornecidas aos membros da congregação, que ele pode ajudar o colega.
“O curso é de graça, ministrado por profissionais da saúde, mas meu pai é técnico de enfermagem e me ensinou um pouco mais em casa. Além da manobra, aprendi como atender pessoas convulsionando e imobilização de membros, só que não imaginei que ia precisar na escola”, disse o menino ao Campo Grande News.
A mãe Daiane Souza de Arruda, 33 anos, que é agente de combate a endemias, está orgulhosa do feito do pequeno Adrian. “Eu fiquei muito feliz, pois sei o quanto é importante pra gente, quando nossos filhos precisam de socorro. Ter o meu filho sendo quem socorreu é gratificante e acredito que saber isso é fundamental, necessidade básica”, destaca.
Outra que está orgulhosa é a diretora do Clube, Glacia Minarini, de 53 anos. “São mais de 500 tipos de especialidades, dentre eles Primeiros Socorros, da qual eu solicitei ao hospital que nos enviaram ambulância e pessoas da área de enfermagem para dar o curso, pelo menos uma vez por ano. E vimos que dá certo, porque uma das nossas crianças salvou a vida do outro”, reforça.
Mais cedo, a coordenadora da escola, Telma da Silva, disse ao Campo Grande News que uma professora foi beber água, e quando estava retornando para a sala, percebeu o aluno engasgado. "Ela ficou desesperada porque ela não sabia fazer a manobra", comentou.
A criança que se engasgou tem 10 anos e contou que tinha comido carne no intervalo, quando percebeu que o alimento não "descia". Segundo a mãe, a pedagoga Jocilene Machado, 43, o menino tentou provocar o vômito mas não estava conseguindo, quando o colega veio e ajudou.
"Eu fiquei muito aliviada. Ele foi um anjo que salvou a vida do meu filho, e nossa, sou muito grata a Deus, por ele estar lá naquele momento e ter salvo a vida do meu menino", comentou.
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