Pesquisa aponta que 72,5% da população é a favor de obrigar a vacinação
Mulheres e pessoas mais velhas costumam ser mais favoráveis a essa medida
Uma pesquisa de opinião do Instituto Paraná Pesquisas aponta que 72,5% da população brasileira é a favor de obrigar a vacinação. Por outro lado, cerca de 24,6% dos entrevistados responderam que são contrários a essa obrigatoriedade. Os demais 2,9% não sabem ou não opinaram.
Entre os grupos que mais se destacam entre os que querem que a vacina seja compulsória, estão as mulheres (76,9%), em comparação com os homens (67,6%). De acordo com a pesquisa. Neste ano, um levantamento publicado pelo Campo Grande News indicou que as pessoas do gênero feminino representavam maior parte, proporcionalmente, de quem se vacinava em Mato Grosso do Sul.
Além disso, costumavam ser as que mais buscavam a segunda dose do imunizante. Dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) indicam também que, mesmo sendo mais infectadas (por haver mais mulheres, em geral), elas costumam morrer menos pelo coronavírus. Especialistas entendem que, culturalmente, as mulheres costumam se cuidar mais do que os homens.
Em relação a faixa etária, cerca de 73,5% das pessoas mais jovens, de 16 a 24 anos, concordam com a medida. Mas são os idosos, acima de 60 anos, que têm maior chance de estarem a favor da vacinação obrigatória.
Em relação a escolaridade, quem tem ensino superior se mostra um pouco menos favorável, em relação aos demais grupos - cerca de 69,9% aprovam essa ação. Por fim, entre as regiões brasileiras, há pouca variação, ainda que o nordeste tenha menos pessoas favoráveis e mais que não opinaram, enquanto o sul tem mais pessoas contrárias.
Em relação ao "passaporte da vacina", ou seja, a obrigatoriedade de apresentação de comprovante vacinal para poder frequentar espaços coletivos e eventos, a maioria da população também concorda (69,8%).
Nessa etapa da pesquisa, as mulher seguem mais favoráveis que homens (74,6% para 64,4%). Além disso, os idosos são mais favoráveis (72,4%), enquanto a diferença de escolaridade é que as pessoas de ensino superior costumam ser mais contrárias (29,3%).
A pesquisa - Foram ouvidas pouco mais de 2,2 mil pessoas, acima de 16 anos, de todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal, em 178 municípios, de 2 a 5 de outubro.
A divisão de fontes consultadas considerou, estatisticamente, características de sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica. Entrevistas foram feitas por meio de ligações telefônicas. De acordo com o próprio instituto, o grau de confiança é de 95%, com margem de erro aproximada em 2% para mais, ou para menos.