Com apenas 1 internado, cidade atribui sucesso à adoção de passaporte da vacina
Até o momento, Chapadão do Sul é o único munícipio do Estado que adotou a medida de forma obrigatória
Enquanto na Capital o tema gera polêmica e divide a opinião popular, Chapadão do Sul, cidade a 330 quilômetros de Campo Grande, colhe os frutos da adoção do passaporte da vacina para entrada em estabelecimentos comerciais e eventos.
No dia 25 de agosto, através de decreto, a prefeitura da cidade tornou obrigatória a apresentação de comprovante de vacinação com pelo menos uma aplicação do imunizante contra a covid-19 para acesso a eventos, restaurantes, shows, academia e outros espaços de uso comum.
Passado um mês da adoção do passaporte, o prefeito do município João Carlos Krug (PSDB), afirma que a medida serviu como incentivo para a população procurar a imunização após uma baixa nas aplicações. “Fizemos o decreto exigindo o passaporte porque havia parado a procura pela primeira dose, depois disso vacinaram mais de 1.500 pessoas. Não temos um censo, mas as pessoas estão vindo constantemente para se vacinar. De 30 a 50 pessoas são vacinadas por dia”, garante.
Ao contrário do ocorrido na Capital, o chefe do Executivo chapadense garante que o decreto não enfrentou resistência por parte da população, comerciantes e empresários locais. “O pessoal que mais apoiou a medida, por incrível que pareça, foi o comercio e empresários noturnos, justamente os que foram mais prejudicados durante as restrições. Não estamos inventando nada, isso é uma tendência mundial, significa proteção e temos que estar todos imunizados”, completa Krug.
Como reflexo das medidas adotadas, o município praticamente zerou as internações em decorrência da covid-19. Atualmente, apenas 1 paciente está internado no Hospital Municipal da cidade pela doença. Segundo o boletim epidemiológico da cidade, trata-se de um caminhoneiro de 33 anos, residente de Sumaré, interior do São Paulo, que estava de passagem pela cidade, quando teve complicações e precisou ser internado.