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Cidades

Plano de Recomposição de Aprendizagem começa em setembro e termina em 2022

Pensando em recuperar tempo perdido, Estado fará provas para análise de desempenho e grupos de estudo

Gabriela Couto | 13/08/2021 12:56
Alunos terão prova e grupos de estudos para recuperar o tempo perdido longe da sala de aula. (Foto: Henrique Kawaminami)
Alunos terão prova e grupos de estudos para recuperar o tempo perdido longe da sala de aula. (Foto: Henrique Kawaminami)

Deve ser lançado no final do mês ou no começo de setembro, o Plano de Recomposição da Aprendizagem na REE (Rede Estadual de Ensino). A previsão é que o instrumento com uma série de ações seja aplicado até dezembro de 2022.

Segundo o superintendente de políticas educacionais da SED (Secretaria de Estado de Educação), Hélio Daher, o primeiro momento foi de acolhida dos estudantes que retomaram as aulas presenciais no dia 2 de agosto.

“Queremos concluir o ciclo de duas semanas de revezamento das turmas presenciais para apresentar a proposta de trabalho, que será desenvolvida para complementar o que está sendo ministrado na sala, após esse 1 ano e meio que ficaram afastados”, explica.

Será feita uma avaliação diagnóstica, por meio de instrumento que vai variar de acordo com o ano de ensino. Aos alunos mais velhos, será aplicada uma espécie de prova para analisar o nível do prejuízo de conhecimento, conforme o que está pautado no currículo de referência do Estado.

“Também vamos trabalhar com a avaliação aplicada no ano passado e nesse ano, em língua portuguesa e matemática. O foco será nas habilidades essenciais. A escola vai cruzar informação com a que ela tem para adotar as ações que planejamos”, destacou Hélio.

Uma das estratégias é desenvolver essas ações nas escolas usando disciplinas que já existem. “Elas já estão na nossa grade e tem como fazer a recomposição nas aulas. Também queremos usar o horário de almoço como plantão de estudos, principalmente, nas 94 escolas integrais.”

Trabalho em grupo – Uma prática comum de quem foi aluno nos anos 80 e 90 eram os grupos de estudos. Eles foram incluídos no planejamento como ferramenta importante para recompor a aprendizagem.

“Tem a proposição de grupos de ensino entre os estudantes para todas as escolas. E também temos que trazer a responsabilidade para a família, de levar esse aluno para estudar junto com outros nas nossas bibliotecas, laboratórios e salas de tecnologia.”

Haverá ainda grupos integrados de inverno e verão durante as férias. “Vamos contratar professores para dar aula. Não será obrigatória a presença do aluno, é um convite. Além disso, vamos fechar parceria com as universidades, com os estagiários. Eles farão plantão na plataforma virtual para tirar dúvidas dos alunos.”

Também será lançado em setembro, videoaulas no Youtube focadas nas habilidades essenciais. “Percebemos que as aulas na TV foram pouca atrativas. Na internet, o aluno tem liberdade para usar horário que tiver. Ainda terá disponível uma plataforma de produção de texto, que faz a correção automática das redações”, acrescentou o superintendente.

A única medida, até o momento, que não foi confirmada e é estudada pelo governo do Estado por depender de dotação orçamentária, é a ampliação da carga horária do coordenador da escola.

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