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Comportamento

Nem “fama de chata” abalou paixão de Gilmar, Any e Stella pela cidade

Campo Grande é casa de quem veio de fora, que dizem ter encontrado na Capital um eterno lar

Bárbara Cavalcanti | 26/08/2021 06:50
Empresário Gilmar Coproski na Afonso Pena. (Foto: Kísie Ainoã)
Empresário Gilmar Coproski na Afonso Pena. (Foto: Kísie Ainoã)

Campo Grande é casa para quem veio de fora e encontrou nos detalhes, o seu lugar no mundo. Os empresários Gilmar Coproski, Stella Bianco e Any Ribeiro são apaixonados pela Capital e daqui não têm intenção de sair - dizem até, contrário à fama de antipático do campo-grandense, que aqui encontram pessoas calorosas, que lhe deram acolhimento e apoio que não receberam em outras cidades.

Para Stella e Any, Campo Grande tem um significado especial. Foi aqui que elas se encontraram e desenvolveram toda a amizade. São melhores amigas e hoje, sócias na loja de sapatos Amii, no Bairro Santa Fé.

Any é natural do interior de Rondônia e Stella, do interior de São Paulo. Ambas chegaram na Capital para cursar a graduação de Administração, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Mas só começaram mesmo a se falar no primeiro emprego, onde acabaram trabalhando juntas. Descobriram, então, que compartilhavam a mesma infância, apenas em cantos diferentes do Brasil.

“Descobrimos que tivemos a mesma infância. A gente ouvia as mesmas músicas sertanejas raiz, além de outros artistas, tudo igual. Até nossos amigos eram parecidos entre si, era tudo igual mesmo, ela á em Rondônia e eu em São Paulo. Assim, a gente foi se conectando”, compartilha Stella.

Agora, as duas são inseparáveis e hoje, até juntas na vida empreendedora. “Eu fui madrinha do casamento de Stella e ela, quando no futuro acontecer, vai ser a minha também”, comenta Any. E também compartilham o amor por Campo Grande. “A gente adotou Campo Grande como nossa. A gente se apaixonou por aqui, e não pretendemos ir embora daqui. Campo Grande é nosso encontro”, reforça Any.

Any e Stella brincando com os sapatos dentro da loja. (Foto: Kísie Ainoã)
Any e Stella brincando com os sapatos dentro da loja. (Foto: Kísie Ainoã)

"Gostamos de várias partes da cidade. A gente vive de fases, então, primeiro tivemos a fase "fitness", em que íamos muito caminhar no Parque das Nações Indígenas. Depois, passamos para a fase dos barzinhos na faculdade. E agora, somos casadas, estamos mais na fase de restaurantes. Mas nosso lugar favorito mesmo é a loja, atualmente. É aqui que passamos a maioria do tempo e ela foi feita pra isso, pra ser um espaço onde podemos receber as pessoas também. E não podia ser em outro lugar, se não aqui, em Campo Grande", detalha Stella.

"Eu já morei em várias outras cidades e nunca me senti tão acolhida quanto aqui. Aqui, me sinto parte mesmo, é o lugar onde a gente escolheu pra viver pro resto da vida", reforça Any.

Any e Stella trabalhando na loja, que foi feita também como espaço para encontros. (Foto: Kísie Ainoã)
Any e Stella trabalhando na loja, que foi feita também como espaço para encontros. (Foto: Kísie Ainoã)

O gaúcho Gilmar Coproski é sócio do restaurante Nativas Grill, que fica na Avenida Afonso Pena, no Chácara Cachoeira. Há 30 anos, trabalha no ramo da gastronomia e não se vê trabalhando em outro lugar. Além disso, também não se vê mais morando em outro lugar também, pois Campo Grande é onde diz desejar ficar para o resto da vida.

"Cheguei aqui em novembro, uma semana antes do meu aniversário. Logo de cara, gostei muito daqui. Não vou embora mais não. Amo que aqui é uma Capital interiorana, mas ainda sim, com tudo. O clima não é aquele calor de Cuiabá, mas também não é o frio de Curitiba. Vim para Campo Grande em busca de qualidade de vida e aqui encontrei", declara.

Os lugares favoritos de Gilmar incluem o Mercadão, o Parque das Nações Indígenas e o Parque dos Poderes. "É tudo muito arborizado, muito diferente de todas as outras capitais onde já morei", declara.

Gilmar é especialista em gestão de pessoas, então, lidar com gente é com ele mesmo. E reforça que não sentiu qualquer resquício da reputação de "antipático" que o campo-grandense tem aí afora.

Em junho, a churrascaria chegou a pegar fogo. "Nesse momento, recebi tantas mensagens de apoio dos clientes e dos amigos. Foi incrível, meu celular não parava. Me identifiquei muito com as pessoas aqui", comentou.

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