ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUARTA  25    CAMPO GRANDE 25º

Cidades

Prefeitura suspende até abril atividades nos centros de convivência de idosos

Os quatro CCIs atendem 2,7 mil idosos em Campo Grande; letalidade entre mais velhos por coronavírus justificou decisão

Silvia Frias e Lúcia Morel | 16/03/2020 11:00
Prefeito foi ao CCI Vovó Ziza para explicar a suspensão das atividades (Foto: Lúcia Morel)
Prefeito foi ao CCI Vovó Ziza para explicar a suspensão das atividades (Foto: Lúcia Morel)

A partir de hoje até 6 de abril, os quatro CCIs (Centro de Convivência do Idoso) de Campo Grande, estarão fechados e com atividades suspensas. O anúncio feito pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), no CCI Vovó Ziza, no Tiradentes, como forma de prevenção ao coronavírus e atinge a rotina de 2.723 frequentadores.

Marquinhos foi ao centro esta manhã e conversou com cerca de 100 pessoas que estavam no CCI, entre frequentadores e funcionários. No discurso, o prefeito pediu que eles fiquem em casa e não peguem ônibus. “Todo mundo tem tomado medidas excepcionais contra coronavírus e, por isso, a medida de restringir as atividades”.

A prefeitura mantém quatro CCIs na cidade: além do Vovó Ziza, o Elias Lahdo, no Monte Castelo, Edmundo Scheuneman, na Piratininga e o Jacques da Luz, na Moreninha III.

Uma das frequentadoras perguntou “O que vamos fazer em casa?”. O prefeito disse que as medidas estão sendo tomadas justamente para proteger os idosos, já que a maioria de registro de morte por coronavírus pelo mundo atinge pessoas com idade acima de 60 anos.

Marquinhos acrescentou: “todo mundo aqui já é adulto para tomar as próprias decisões; cautela, caldo de galinha e precaução nunca fazem mal a ninguém”.

A aposentada Julieta Shibuya, 74 anos, frequenta o CCI Vovó Ziza há oito anos e não havia presenciado fechamento das atividades, mas aprovou a decisão. “Não tem como ir em local que tem muita gente, tem que ficar em casa”.

A mesma opinião teve Rosa Nante, 71 anos, frequentadora assídua há seis anos. “Em casa já estou usando álcool em gela e lavando as mãos o tempo todo”.

Eliúde Andrade Cavalhieri, 72 anos, reconhece a importância da medida, embora considere um pouco alarmista. A preocupação, porém, é que nem tudo será fechado e, por isso, quem vai acabar ficando com as crianças serão os avós. “Teria que ser radical, suspender tudo”.

Mas a medida não foi unânime. Maria da Cunha Iglesias, 80 anos, disse que “isso tudo é alarde” e que ontem foi à igreja, frequenta por cerca de 700 pessoas, sem temor. “Pastor disse que Jesus é que vai curar, que não é para ter medo de nada”.

Nos siga no Google Notícias