Programa estadual não recomendou lockdown, diz secretária-adjunta
Campo Grande, Aquidauana e Miranda são os três cidades sinalizadas com bandeira preta
A secretária-adjunta de Saúde, Christine Maymone, afirmou hoje (01), durante a live, que o programa estadual “Prosseguir”, que avalia as condições de saúde e economia durante a pandemia, não recomendou a realização de “lockdown” nos municípios do Estado.
Ela começou a live dizendo que era preciso esclarecer esta questão. “Nunca o programa recomendou lockdown, que é o fechamento de tudo. Mesmo em cidades que estão em risco de grau extremo, o recomendado é a continuidade de atividades essenciais, que entram vários setores, como saúde, segurança e alimentação”, completou.
Em entrevista ao Campo Grande News, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, explicou que a "bandeira preta" sinalizada pelo programa prevê a realização dos serviços essenciais, mas que não se trata de "lockdown", que segundo ele, são medidas mais duras e restritivas.
"Na lista de essenciais tem uma série de atividades, em um lockown é mais severo, com restrição maior de atividades e com horários definidos para funcionar. Tem restrição até sobre a mobilidade das pessoas nas ruas, em relação a circulação. Foi como ocorreu na Itália por exemplo", justificou.
Na última divulgação do programa, Campo Grande, Aquidauana e Miranda são os três sinalizados com bandeira preta, faixa de extremo risco para a pandemia de novo coronavírus, onde se recomenda apenas a manutenção dos serviços essenciais. Esta sinalização é a mais grave do programa de monitoramento.
Avaliação - Maymone também destacou que o programa estadual avalia 10 indicadores de cada cidade, levando em conta os dados enviados pelos próprios municípios. “Com base nestes dados, fazemos as recomendações, que são enviadas diretamente aos prefeitos e secretários”, justificou.
A secretária ainda citou que com os dados enviados se faz a “classificação” das atividades econômicas consideradas essenciais, as não essenciais e aquelas que estão em alto risco devido o momento da cidade, em relação aos casos de coronavírus. “Resta aos municípios seguirem as recomendadas enviadas”.
Ela também mencionou que taxa de ocupação de leitos divulgada pelo governo, seguem os dados oficiais enviados pelos municípios e hospitais. “Com isto, o Estado apenas consolida os dados que foram registrados”.
Contato – O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, também ponderou que espera manter bom contato e relação com os prefeitos, para que haja trabalho em conjunto na intenção de salvar vidas. “Não queremos que haja politização da doença, porque não nos ajuda em nada neste momento”.