ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, TERÇA  24    CAMPO GRANDE 24º

Cidades

"Quem decreta pandemia ou endemia é a OMS", diz secretária sobre flexibilizações

Definição não é feita por autoridades locais de saúde, ainda que MS tenha liberado algumas medidas restritivas

Guilherme Correia e Adriel Mattos | 23/03/2022 10:20
Campo-grandenses, de máscara, em ponto de integração do transporte coletivo. (Foto: Marcos Maluf)
Campo-grandenses, de máscara, em ponto de integração do transporte coletivo. (Foto: Marcos Maluf)

A secretária-adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone, ressaltou na manhã desta quarta-feira (23), que a SES (Secretaria Estadual de Saúde) não tem atribuição para definir se uma doença se caracteriza ou não como endemia ou pandemia.

Segundo ela, esta classificação é feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e que, portanto, Mato Grosso do Sul segue sob vigilância dos perigos relacionados ao coronavírus, mesmo após recentes flexibilizações.

"Quem decreta pandemia ou endemia é a Organização Mundial de Saúde, então não existe [essa decisão]. A pandemia continua existindo nos cinco continentes, e a variante Ômicron BA.2 tem causado bastante hospitalizações e mortes.”

Em território estadual, Maymone destaca que há cenário de “queda acentuada no número de casos há cinco semanas e também de óbitos e hospitalizações”, o que motivou liberação do uso de máscaras.

Ainda assim, o governo estadual tem mantido recomendação a determinados grupos, baseados nos conceitos de condição individual de saúde, ambiente e município.

Se o cidadão possui mais de 60 anos, por exemplo, é imunossuprimido, tem diabetes ou está sem o ciclo vacinal completo, é recomendado que mantenha o uso do item. “Nesse caso, a pessoa precisa usar a máscara”, diz Maymone.

Em casos onde é trabalhador de saúde em unidade pública ou particular, ou em ambientes com aglomeração, a secretária diz que é importante que se mantenha o uso.

Vale lembrar que as prefeituras têm poder para decidir medidas mais restritivas, se houver necessidade, e portanto, o indivíduo deve estar atento às definições locais. “As pessoas têm que ter bom senso para a escolha dessa decisão.”

Outro aspecto que indica o declínio, neste momento, dos casos de covid-19, é a redução da procura por testes para detecção do vírus. Ainda que estruturas montadas pelos poderes público e privado tenham sido desativadas, por falta de adesão, a SES ainda distribui exames a todos os municípios.

“Nos postos de saúde, nunca faltaram testes. Atualmente, estão todos sendo processados pelo Lacen [Laboratório Central]”, completa.

Definição - Em publicação oficial do Instituto Butantan, a diretora do Laboratório de Virologia, Viviane Fongaro Botosso, explica que uma pandemia é caracterizada por ser uma doença que atinge diversos países e afeta um grande número de pessoas.

Quem define quando uma doença se torna esse tipo de ameaça é a OMS. Por outro lado,  a epidemia é quando há aumento de casos em regiões, estados ou cidades, mas sem níveis globais.

É importante ressaltar que o coronavírus tem estágios diferentes em várias partes do mundo. Recentemente, a variante Ômicron, que surgiu fora do País, provocou uma mudança no cenário da doença, já que fez o Estado registrar recorde de infecções - há algumas semanas, confirmava-se quase 3 mil infecções a cada 24 horas.

Mesmo assim, o aumento da cobertura vacinal fez reduzir a letalidade do vírus -  em janeiro, foi a menor de toda a pandemia e, em fevereiro, mesmo com leve aumento, permaneceu inferior aos piores momentos da pandemia. Na prática, mais pessoas se infectam, mas menos morrem, por conta dos imunizantes.

Nos siga no Google Notícias