Sem previsão de 2ª remessa, MS recebeu só 406 doses contra mpox
SES informou queas doses foram enviadas para os municípios e que o estoque de vacinas do Estado está esgotado
Em 2023, Mato Grosso do Sul recebeu um total de 406 doses da vacina contra mpox, antiga varíola dos macacos, conforme informou a SES (Secretaria de Estado de Saúde). Essas doses foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde e distribuídas aos municípios para aplicação conforme o público-alvo definido pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações).
No entanto, a SES informou que o estoque de vacinas do Estado está esgotado, e não há previsão de novas remessas. “A SES reforça que, até o momento, não houve o recebimento de documento oficial do PNI informando sobre o envio de novas doses”, informou a pasta.
Até o momento, o Brasil registrou 16 mortes em decorrência da infecção do mpox, sendo que a mais recente ocorreu em abril de 2023. De 2022 a 2024, Mato Grosso do Sul confirmou 168 casos de infecção pelo vírus, de 635 notificações. Em 2024, o Estado confirmou sete infecções, sendo que seis foram registradas em Campo Grande e uma em Ponta Porã.
O Ministério da Saúde informou que está em negociação com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) para a aquisição de novas doses da vacina, mas não há previsão de distribuição de novas remessas.
De acordo com o ministério federal, as negociações para a aquisição da vacina da Bavarian Nordic — a mesma fornecida aos estados em 2023 — já haviam começado antes mesmo do decreto de emergência da OMS, que estabeleceu o mais alto nível de alerta para a doença.
A OPAS é a Organização Pan-Americana da Saúde o seu Fundo Rotatório é um mecanismo de cooperação técnica destinado a facilitar o acesso dos países das Américas aos medicamentos que incluem vacinas, seringas, equipamentos e outros insumos.
Segundo a organização, está em andamento uma negociação com o fornecedor Bavarian Nordic para a compra de 25 mil doses da vacina para o Brasil. No entanto, devido à limitada disponibilidade global de vacinas, a prioridade atual é direcionar essas doses para situações de maior impacto em saúde pública.