Sobra de doações a Petrópolis vão para asilos e centros de caridade da Capital
Dois caminhões saíram hoje com 30 toneladas e roupas que não couberam ficaram no Comando do Corpo de Bombeiros
Em apenas três dias, foram arrecadadas em Campo Grande 30 toneladas de doações para as vítimas das chuvas em Petrópolis, no Rio de Janeiro. A prefeitura da cidade avisou que não tinha espaço para receber tudo no dia 26 de fevereiro, por isso, a viagem foi adiada. Na manhã de hoje (3), dois caminhões saíram lotados com alimentos não perecíveis, água, roupas e calçados e ainda sobraram peças de vestuário que não couberam nos veículos.
Os itens serão doados a centros de caridade e asilos da Capital, segundo o chefe da Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros, major Fábio Pereira de Lima.
Em comboio, os caminhões do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Estado de Mato Grosso do Sul saíram às 7h30 e a previsão é fazer viagem de três dias até a cidade carioca.
As doações devem, portanto, serem descarregadas no domingo (6).
“Nossa campanha foi um sucesso. A população se solidarizou. As pessoas doaram alimentos não perecíveis, por exemplo arroz, feijão e óleo, água potável em garrafas e copos, vestuário em geral, tanto masculino quanto feminino, calçados e cobertores”, comentou o militar.
O major lembrou que além da arrecadação do transporte de doações, o Corpo de Bombeiros também mandou equipes com dois cães de busca e resgate para atuar durante dez dias com seis bombeiros em Petrópolis.
“Ao mesmo tempo, tivemos essa campanha relâmpago que durou apenas três dias e conseguiu adesão da população, tanto que o Corpo de Bombeiros teve muito trabalho para fazer o recolhimento nos quartéis, porque ficou tudo muito lotado. Foi feita uma força-tarefa para recolher as doações. Nosso sentimento é de amor ao próximo e solidariedade. Agimos seguindo nosso lema, que é ‘vidas alheias e riqueza salvar’”, disse o major.
Duas semanas após temporal, Petrópolis tem 1.117 desabrigados, segundo levantamento da prefeitura. Eles recebem alimentação, produtos de higiene e também atendimentos nas áreas de saúde, psicologia e assistência social. Morreram 231 pessoas e cinco continuam desaparecidas.