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Campo Grande 115 Anos

Novos polos atraem indústrias, criam 9 mil empregos e mudam economia

Priscilla Peres | 21/08/2014 09:00
Novos polos atraem indústrias, criam 9 mil empregos e mudam economia
Polos mudam a matriz econômica do município e geram emprego e renda para a população. (Fotos: Marcos Ermínio)
Polos mudam a matriz econômica do município e geram emprego e renda para a população. (Fotos: Marcos Ermínio)

Há 14 anos a instalação de quatro polos em Campo Grande abriu as portas para um boom na industrialização do município. Hoje, são 106 empresas instaladas, com mais de 9 mil trabalhadores, gerando emprego e renda para uma população que antes dependia do comércio e do setor público para sobreviver. "A indústria apareceu como alternativa de futuro, mudando a matriz econômica da Capital", define o secretário de Desenvolvimento Econômico, Edil Albuquerque.

Prestes a completar 115 anos, Campo Grande se tornou opção viável para as pessoas que querem se estruturar profissionalmente e constituir família. "As indústrias trouxeram uma variedade de opções de trabalho, que dão condições para as pessoas casarem e terem filhos. Na minha época não tinha emprego, muitos foram embora daqui por que não tinham onde trabalhar", avalia o secretário.

Para mudar essa realidade e, em vez de perder pessoas, começar a ganhar profissionais, a Prefeitura junto com o Governo do Estado, começou uma busca por indústrias, incentivando a vinda delas para Campo Grande. Em maio de 2001 foi criado o primeiro polo industrial, o Wilmar Lewandowski (Sul) situado no bairro das Moreninhas.

Três anos depois, em novembro de 2003, nascia o polo empresarial Paulo Coelho Machado, no bairro de mesmo nome. No ano seguinte, março de 2004, foram criados os polos com maior concentração de industrias atualmente, o Miguel Letteriello (Norte) e o Cônsul Nelson Benedito Netto (Oeste).

Juntos, os polos Norte e Oeste compreendem 91 empresas, sendo 80 em funcionamento, seis em instalação e outras cinco em processo de ampliação. Elas geram mais de 4.5 mil empregos. "Esse foi o processo inicial de uma cidade com tendência para indústria, hoje cada uma dessas empresas tem uma história com a nossa cidade", comenta Edil. Nesse tempo, Campo Grande recebeu investimentos na ordem de R$ 636 milhões.

Luclécio Festa vislumbrou o mercado de tijolos ecológicos há 11 anos e montou a Ecomáquinas, hoje referencia do setor.
Luclécio Festa vislumbrou o mercado de tijolos ecológicos há 11 anos e montou a Ecomáquinas, hoje referencia do setor.

Referência - Junto com a história da criação dos polos, nasce a Ecomáquinas, empresa campo-grandense de Prensas Hidráulicas e Equipamentos para fabricação de Blocos, Tijolos e Pisos. Referência por apostar na sustentabilidade, a indústria completa 11 anos de atuação sendo a maior das Américas no segmento.

Com faturamento anual de R$ 12 milhões e mais de 40 países como clientes, a Ecomáquinas foi criada pelo empresário Luclécio Festa, um empreendedor nato que em 2003 vislumbrou o mercado de tijolos ecológicos. "Falei para minha esposa: esse é o caminho, vamos investir nisso quantas vezes tivermos que ir para debaixo da ponte", afirma.

Implantada em Campo Grande, Luclécio conta que demorou anos até que os investidores aprendessem onde é Mato Grosso do Sul e respeitassem o Estado. "Apesar das dificuldades sempre optamos por Campo Grande. Nasci e fui criado aqui por que temos mais qualidade de vida e hoje quando vamos fazer negócio com alguém de fora a pessoa já sabe que somos de Campo Grande", conta.

Com o consumo do mercado interno enfraquecido, 25 funcionários foram demitidos nos últimos dois meses e a empresa que emprega 50 trabalhadores começa a mudar o foco de atuação. "Estamos usando a crise para reduzir os custos de produção, fabricar máquinas mais baratas para que cheguem nas mãos de pessoas menos favorecidas. Por que cada pessoa que compra se torna um empreendedor que vai gerar emprego e renda" afirma o empresário.

Polo Miguel Letteriello na região Norte, tem 40 empresas que geram 1.501 empregos
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