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Cidades

"Que seja ainda este ano”, torce secretário sobre substituir cubanos

Cuba decidiu sair do programa após declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro. Mato Grosso do Sul perde 114 profissionais

Izabela Sanchez e Leonardo Rocha | 19/11/2018 09:47
Secretário estadual de saúde, Carlos Coimbra (Foto: Leonardo Rocha)
Secretário estadual de saúde, Carlos Coimbra (Foto: Leonardo Rocha)

Mato Grosso do Sul vai perder 114 médicos que atuam  na saúde da família após Cuba decidir sair do programa federal “Mais Médicos”. Secretário estadual de saúde, Carlos Coimbra declarou, nesta segunda-feira (19), esperar que os profissionais sejam substituídos ainda este ano. Em todo o Brasil, são mais de 8 mil vagas a espera de candidatos.

“São 114 médicos que realizam um trabalho importante na saúde pública de Mato Grosso do Sul”, comentou Coimbra. O secretário ressaltou que ainda nesta segunda-feira o governo deverá publicar a chamada para novos médicos.

“Espero que as vagas sejam preenchidas para que a questão básica, onde atuam, não seja prejudicada. A expectativa é que a reposição ocorra ainda este ano. Como se trata de um programa federal, ao governo resta apenas esperar a União. A expectativa é que sejam preenchidas”, declarou o secretário.

Decisão – A decisão do país caribenho aconteceu após declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Conforme dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), cidades como Corumbá, com 10 profissionais e Dourados, com 9 são os municípios que devem sofrer maior impacto. Ainda assim, o impacto é maior para a saúde indígena, que vai perder 11 profissionais.

Cuba envia profissionais para trabalhar nas regiões mais carentes do país desde 2013, quando a gestão de Dilma Rousseff (PT) criou o Mais Médicos. A nota do governo cubano não informa a data que médicos deixarão o Brasil.

O presidente eleito, que em agosto, durante a campanha, havia falado em “expulsar” os cubanos do Brasil, reagiu. “Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, publicou no Twitter.

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