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Cidades

Advogada de ex-major diz que PF sonega informações

Redação | 24/11/2010 14:29

O ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul Sérgio Roberto de Carvalho também teve mandado de prisão expedido na Operação Vitruviano, da Polícia Federal, que o identificou como chefe de uma quadrilha responsável por fraudes contra o espólio do milionário Olympio José Alves, falecido em 2005. A advogada dele, Nabiha de Oliveira Maksoud, está no prédio da PF e reclamou da falta de acesso a informações.

"Estamos sabendo só pela imprensa", declarou. Uma norma da Polícia Federal que está sendo questionada na Justiça restringe o acesso de advogados aos inquéritos em andamento.

Carvalho, que está preso desde 2009, por envolvimento na exploração da jogatina, foi levado do Instituto Penal de Campo Grande para a sede da Polícia Federal pela manhã e agora à tarde foi para o IML (Instituto Médico Legal), junto com outros 5 presos, para fazer exame de corpo de delito.

A PF informou que Carvalho foi levado para o local para prestar depoimento sobre o caso. A advogada disse não saber qual será o encaminhado dado a ele depois.

Os outros presos vão para o Presídio de Trânsito, mas Carvalho, como já está preso, deve retornar ao Instituto Penal, no Complexo Penitenciário na saída para Três Lagoas.

A acusação-Segundo o que foi informado pela PF, Carvalho utilizou-se de laranjas para aplicar um golpe contra o espólio de Olympio José Alves, morto em 2005, em São Paulo. Eles compraram uma usina de álcool em Juscimeira, no Mato Grosso, por R$ 200 mil, e depois foram à Justiça, em Anaurilândia (MS), alegando que a empresa havia sido vendida a Olympio, que não pagou a dívida.

A partir de uma decisão da juíza Margarida Weiler, afastada este ano das funções pelo TJ (Tribunal de Justiça), o grupo conseguiu sacar R$ 3,9 milhões.

Foram presos advogados, donos de empresas de combustíveis, que seriam usadas para lavar dinheiro do ex-oficial da PM, policiais militares aposentados e um gerente de banco. A lista com os nomes não foi divulgada.

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