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Cidades

Advogados esperam provas contra acusados da Las Vegas

Redação | 05/02/2010 11:00

Advogados de acusados depois da operação Las Vegas, como ficou conhecida a investigação que desvendou a exploração de jogos de azar coordenada pelo major da reserva da Polícia Militar, Sérgio Roberto Carvalho, dizem que ainda esperam provas por parte do MPE (Ministério Público Estadual). Dois deles foram esta manhã à audiência das testemunhas para preparar a defesa.

"Vamos ver como a acusação vai se portar. O ônus da prova é dela", disse a advogada Kátia Cardoso, que defende os réus Andrey Galilei Cunha e Samuel Ozório Júnior.

A advogada classifica como "elástica" a acusação porque tem muitos réus. "A acusação atirou para todo lado", diz Kátia, que aponta a falta de provas como principal fator favorável à defesa.

O advogado do major Carvalho, Manoel Cunha Lacerda, sustenta que os indícios para condenar o policial são "frágeis". Ele alega que foram apreendidas várias máquinas caça-níqueis em casas diversas e cada uma se refere a pessoas distintas.

Ele garante que não foram apresentadas provas para estabelecer ligação entre as pessoas e o major. "Qual a máquina que era do Carvalho? Esta prova não veio para os autos", questiona o advogado.

Três, das seis testemunhas de acusação arroladas para prestar depoimento hoje pela manhã, foram ouvidas pelo juiz Olivar Augusto Coneglian, da 2ª Vara Criminal. Já no período da tarde, 16 testemunhas prestarão depoimento.

Foram denunciados o major Carvalho, acusado de ser chefe do esquema, Nedina Pereira da Silva (gerente dos escritórios), Cláudia Pompeu de Carvalho (gerente do cassino Mansão ou Casarão, na Vila Planalto), Paula Jaqueline Lopes (gerente do Cassino Caju, no bairro São Francisco), Paulo Roberto Xavier (capitão da PM - gerente de logística e segurança da organização), Odilon Ferreira da Silva (auxiliar da gerente Nedina) e Marco Massaranduba (cabo da PM e teria a função de auxiliar do capitão Paulo Xavier), Samuel Ozório Júnior (gerente geral da organização), Marcos Aurélio de Freitas (responsável pela distribuição das máquinas nos pontos), Robson Ribeiro Motta (responsável pela distribuição de máquinas nos pontos), Marcel Rodrigo de Carvalho Simões (responsável pela montagem, inserção da programação dos jogos e pelo conserto das máquinas caça níqueis da organização), Maicon dos Anjos Mussi (auxiliar do Marcel), Diones Magalhães Silva (emprestou o nome para abertura de uma empresa utilizada pela organização, além de fazer serviço de rua, como contato com bancos e de ordem administrativa para a organização), Marcelo Pereira de Souza (contador da organização), Luiz Bernando da Silva Filho (responsável pela distribuição de máquinas em Campo Grande) e Andrey Galileu Cunha (teria sociedade com o chefe da organização criminosa no Cassino Caju), Luís Marcelo Villalba Campista (auxiliar de técnico de informática) e Marcelo Sena.

Sem detalhar o processo, o juiz estima que em nove meses o caso esteja concluído.

Também serão ouvidas testemunhas em outros estados e países, como Colombia e a Bolívia.

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