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Cidades

Alvo de operação é quadrilha com 7 policiais militares e agente tributário

Aline dos Santos | 23/11/2011 09:56

A ação vai cumprir 28 mandados de busca e apreensão domiciliar, 9 mandados de busca e apreensão de veículos e 17 mandados de prisão temporária

A Operação Alvorada Voraz, deflagrada hoje em sete cidades de Mato Grosso do Sul contra o contrabando de cigarros, tem como alvo uma organização criminosa composta por sete policiais militares, um agente tributário lotado em Brasilândia e por civis.

A ação vai cumprir 28 mandados de busca e apreensão domiciliar, 9 mandados de busca e apreensão de veículos e 17 mandados de prisão temporária. A operação é realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), PRF (Polícia Rodoviária Federal), comando da PM (Polícia Militar), com auxílio do Nurep (Núcleo de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal).

De acordo com as investigações, os policiais militares ajustam o pagamento de “propina” para permitirem a passagem de carregamentos de cigarros, que obrigatoriamente passam por Porto Murtinho, Bela Vista, Jardim, Sidrolândia e Campo Grande, rota dos contrabandistas vindos do Paraguai, com destino a outros Estados.

O Gaeco investiga o crime desde outubro do ano passado. Foram realizadas apreensões de mais de 50 carretas de cigarros em Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, totalizando sete milhões e quinhentos mil maços apreendidos e um prejuízo em torno de 20 milhões de reais para o grupo criminoso.

A operação é realizada nas cidades de Antonio João, Caracol, Jardim, Porto Murtinho, Campo Grande, Eldorado e Brasilândia, além de Brasília (DF) e Umuarama (PR). A ação reúne 200 profissionais.

Em Campo Grande, a Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) cumpre mandado judicial em uma casa na rua das Garças, no bairro Vila Célia. O imóvel estava fechado e foi aberto por um chaveiro.

O nome da operação é alusivo à música “Alvorada Voraz”, do conjunto RPM, cuja letra retratava a existência de grupos criminosos formados por agentes públicos envolvidos em contrabando.

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