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Cidades

Apreensões em operação da PF devem render nova multa a pecuarista

Fabiano Arruda | 29/07/2011 17:49
Proprietária da fazenda já havia sido multada em R$ 220 mil por caça ilegal, abate de animais ameaçados de extinção, caça profissional e por danos a Unidade Estadual de Conservação. (Foto: O Pantaneiro)
Proprietária da fazenda já havia sido multada em R$ 220 mil por caça ilegal, abate de animais ameaçados de extinção, caça profissional e por danos a Unidade Estadual de Conservação. (Foto: O Pantaneiro)

Os materiais apreendidos nesta sexta-feira por policiais federais de Corumbá, referente à fase complementar da Operação Jaguar 2, devem render nova multa a pecuarista Beatriz Rondon.

Agentes do Ibama e da PF cumpriram hoje mandados de busca e apreensão na Fazenda Guaicurus, em Aquidauana, além de Campo Grande, Corumbá e Rondonópolis (MT).

Foram encontradas dez armas, algumas sem registro, e vários objetos de caça ilegal como um couro de onça e um couro de uma jaguatirica.

Todo o material apreendido passa, primeiramente, por perícia da Polícia Federal e, na semana que vem, serão enviados ao Ibama que, depois de análises, define novo auto de infração por crime ambiental.

A proprietária da fazenda já havia sido multada em R$ 220 mil por caça ilegal, abate de animais ameaçados de extinção, por caça profissional e por danos a Unidade Estadual de Conservação, categoria que a sua fazenda, Santa Sofia, está incluída.

Detida nesta manhã na superintendência da Polícia Federal de Campo Grande por porte ilegal de arma, Rondon foi liberada após pagamento de R$ 27.250 de fiança.

Em entrevista ao Campo Grande News, o advogado da pecuarista, Renê Siufi, disse que foram apreendidos, na casa da sua cliente, dois revólveres e uma espingarda “velha” que não pertencem a Beatriz e eram de um tio dela. Ele garantiu que Rondon não tem envolvimento com o esquema de caçada ilegal promovido no Pantanal.

Operação - A ação de hoje também foi a Mato Grosso, onde agentes apreenderam uma arma calibre 38, segundo informações da PF, com o Tonho da Onça, principal protagonista da Jaguar I, e conhecido por ser especialista na caça aos felinos.

Segundo informações do delegado da Federal em Corumbá, Alexandre do Nascimento, as ações de hoje têm por objetivo arrecadar novas provas e apreensão de materiais, na fase complementar da operação.

“A Polícia Federal pediu a prisão de envolvidos, mas a Justiça entendeu que não há justificativa para as prisões. Pela nova legislação boa parte dos pedidos de prisão cabe fiança”, explica o delegado.

A Jaguar 2, cuja as investigações já duram mais de um ano, foi desencadeada em 5 de maio para desarticular quadrilha que promovia safáris, e começaram a partir de vídeo, que mostra um safári turístico na fazenda Santa Sofia, em Aquidauana, a 150 quilômetros de Campo Grande, utilizado como uma espécie de propaganda.

As imagens, que circularam no noticiário nacional, mostram um dos caçadores atirando contra uma onça que estava no alto de uma árvore. Após o disparo, o animal despenca e, ao solo, é cercado por cães. Num dos trechos, Beatriz Rondon afirma que se tratava de uma fêmea muito bonita, mas que estava matando os gados de sua fazenda.

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