Auditoria Militar ouve 10 testemunhas do caso Las Vegas
A Auditoria Militar começou a ouvir 10 testemunhas que estariam sendo ameaçadas por acusados de integrar organização criminosa formada para explorar jogos de azar.
O grupo seria chefiado pelo major da Polícia Militar Sérgio Roberto Carvalho, preso na Operação Las Vegas, da Polícia Federal. Ele é acusado de ser o proprietário de dois cassinos na Capital e um na Bolívia e de usar a estrutura da PM para acabar com a concorrência.
Ao todo, 11 testemunhas deveriam ser ouvidas nesta segunda-feira, mas uma delas não foi localizada.
Segundo o juiz Alexandre Antunes, da Auditoria Militar, algumas destas testemunhas afirmam estar sendo ameaçadas por telefone.
Dentre as testemunhas, umas foram presas durante a Operação Las Vegas. Outras, foram arroladas pela acusação, ou seja, o MPE (Ministério Público Estadual).
Na próxima quarta-feira, outras oito testemunhas, que estariam sofrendo ameaças, serão ouvidas.
O próximo passo, segundo o juiz, é ouvir as testemunhas de defesa.
Cabeça da organização criminosa, Sérgio Roberto de Carvalho chegou ao Fórum algemado, e vestido com trajes comuns.
O advogado Manoel Lacerda garante que seu cliente não tem ameaçado ou mandado ameaçar testemunhas.
"Isso é um comentário muito vago", declarou, destacando que nenhum crime contra pessoas pode pesar sobre seu cliente.