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Cidades

Auditoria Militar ouviu 5 testemunhas de defesa de PMs

Redação | 19/08/2009 14:16

A Auditoria Militar ouviu na tarde desta quarta-feira cinco testemunhas de defesa dos policiais militares acusados de envolvimento com a exploração de jogos de azar.

Das cinco, quatro são policiais militares. Dois deles foram arrolados pela defesa de Sérgio Roberto de Carvalho e dois pela defesa do capitão Paulo Roberto Teixeira Xavier.

A esposa de Odilon Ferreira foi ouvida como testemunha dele, também preso durante a operação Las vegas. A defesa do cabo Marco Massaranduba, o único que está em liberdade, não arrolou testemunhas.

As pessoas ouvidas falaram sobre a conduta profissional do major Carvalho e do capitão Paulo Xavier, apesar do primeiro já estar na reserva há mais de 10 anos.

Todos afirmaram que eles sempre foram bons profissionais, que não tiveram problemas com desobediência nem qualquer outro na corporação.

Uma das testemunhas chegou a dizer que quando Xavier trabalhava em Miranda, nos anos de 1998 e 1999 era prestigiado pela comunidade e por autoridades.

Outra testemunha arrolada pela defesa de Carvalho, um oficial da PM, está de férias e por isso não foi. Ele será ouvido dia 25, a partir das 14h, na Auditoria Militar. A defesa do oficial havia arrolado quatro residentes na Capital, mas desistiu de uma.

Sem farda - O juiz Alexandre Antunes havia determinado, por ofício, que o capitão Xavier assistisse à audiência fardado, como das outras vezes. No entanto, o oficial estava vestido como civil.

O juiz observou a situação para os advogados, que se comprometeram em levar o oficial fardado das próximas vezes. Ele chegou sem o uso de algemas, assim como Odilon.

Carvalho chegou sem farda e algemado. Ele e Xavier estão presos na Penitenciária Federal de Campo Grande, por medida de segurança.

Familiares de Carvalho, entre eles mãe, irmã e sobrinhos, acompanharam a audiência. A mãe e uma irmã dele costumam acompanhar as audiências.

Outras testemunhas - Após a audiência do dia 25, o juiz Alexandre Antunes irá encaminhar as cartas precatórias para três testemunhas de defesa de Carvalho. Duas delas são residentes no interior de São Paulo.

Outras duas testemunhas moram na Colômbia e Bolívia e serão ouvidas por carta rogatória. As testemunhas são empresários e fazem parte da estratégia para provar à Justiça que o major não possui cassino na Bolívia.

Também será ouvida por carta precatória uma testemunha de acusação arrolada pelo MPE (Ministério Público Estadual). Ela é residente no interior do Estado de São Paulo.

Las Vegas - Os policiais foram presos na Operação Las Vegas, realizada pela Polícia Federal e Gaeco em 20 de maio deste ano. A Justiça negou o pedido de liberdade feito por ambos.

Das 17 pessoas detidas na operação, 14 já obtiveram habeas corpus e foram liberadas. Na operação, foram apreendidos dólares, reais, veículos, aeronave, caça-níqueis e diversos documentos. Dois cassinos foram fechados na Capital.

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