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Cidades

Bombeiros, Polícia e prefeituras vão fiscalizar juntos segurança em boates

Gabriel Neris e Helton Verão | 04/02/2013 17:01
Delegados Takeshita e Razanauskas formalizaram integração nesta segunda-feira (Foto: Luciano Muta)
Delegados Takeshita e Razanauskas formalizaram integração nesta segunda-feira (Foto: Luciano Muta)

Foi anunciada na tarde desta segunda-feira (4), em Campo Grande, que vai ser feito um esforço conjunto entre Corpo de Bombeiros, Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), Polícia Civil e órgãos das prefeituras para fiscalizar bares, restaurantes, boates e hotéis de todo Mato Grosso do Sul. O delegado-geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas Neto, prometeu tolerância zero e disse que o dono do estabelecimento será responsabilizado criminalmente se não cumprir as determinações.

Razanauskas comentou durante entrevista coletiva que faltava comunicação para vistoriar os locais. “Muitas vezes os bombeiros já haviam visitado o estabelecimento, só que não comunicavam a Polícia Civil e Deops, ou vice-versa. Qualquer e toda a integração é essencial a esse trabalho de avaliar a qualidade das casas”.

Conforme o delegado titular da Deops, Marcos Takeshita, a fiscalização pedirá alvarás da Prefeitura, licença sanitária (emitida pela Secretaria Municipal de Saúde), Corpo de Bombeiros, Deops, Secretaria de Meio Ambiente e de segurança privada. Em caso de não cumprimento, o proprietário poderá responder por desobediência e levar perigo a terceiros.

Durante a entrevista coletiva também foi determinada que os estabelecimentos que não atenderem as normas, não abrirão se oferecerem riscos a segurança dos clientes e não haverá prazo estendido.

Takeshita também comentou que as denúncias anônimas serão aceitas e não haverá mais lista divulgada com os nomes dos locais que funcionam irregularmente, para pegar os donos de surpresa. Segundo Razanauskas, os bombeiros farão a fiscalização durante o dia e a Polícia Civil atuará nos horários de funcionamento dos estabelecimentos. “Se trata de uma força tarefa. O foco é dar segurança as pessoas”, disse o delegado-geral da Polícia Civil.

A fiscalização é resultado da tragédia que matou 237 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria (RS) na madrugada do último dia 27. O incêndio iniciou no palco do local onde se apresentava a banda Gurizada Fandangueira. O show contava com uma exibição pirotécnica e o fogo tomou conta rapidamente do local.

Houve tumulto e desespero para sair do local. Três estudantes de Mato Grosso do Sul morreram no incêndio: Ana Paula Rodrigues, de 20 anos, David Santiago Souza, de 23, e Flávia de Carli Magalhães, de 18.

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