Cabo acusado de exploração de jogos muda depoimento
Em interrogatório na Auditoria Militar, o cabo da PM (Polícia Militar) Marco Massaranduba mudou o depoimento prestado na sede da PF (Polícia Federal), quando foi preso durante a operação Las Vegas, feita dia 20 de maio, que desarticulou esquema de exploração de jogos de azar.
Ao juiz Alexandre Antunes, o cabo Massaranduba disse que não conhecia Nedina Pereira da Silva, a gerente dos escritórios da quadrilha chefiada por Sérgio Roberto de Carvalho, o major Carvalho, conforme denúncia do MPE (Ministério Público Estadual).
O cabo alegou ter dado tal depoimento porque estava "sob forte estresse".
Ele afirmou ainda que de todos os 17 presos era o único que estava algemado.
O cabo disse ainda que ficou cerca de nove horas na delegacia, sem almoço e, por este motivo, disse que conhecia Nedina.
Já no interrogatório de hoje, ao ser questionado se confirmava conhecer a gerente, a resposta foi categórica: "Não confirmo".
A promotora da auditoria militar, Tathiana Correia Pereira da Silva Façanha, perguntou se Massaranduba já precisou de dinheiro e o capitão Paulo Roberto Xavier sugeriu que pedisse a Nedina. O cabo novamente negou.
Tathiana questionou então qual o número da conta corrente do cabo Massaranduba e ele confirmou o mesmo número do depoimento da PF.
O fato causou estranheza à promotora já que ele não se confundiu com os numerais fornecidos à PF, onde alegou estar "sob forte estresse".
Conforme a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), o cabo atuava auxiliar do capitão, que era gerente de logística e segurança da organização chefiada pelo major Carvalho.
Massaranduba está no Presídio Militar e, assim como o major e o capitão, responde a inquérito policial militar. Nesta esfera, o capitão e o cabo são acusados de crimes que variam desde corrupção até cárcere privado.
