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Cidades

Caminhoneiros decidem nesta segunda se voltam ao trabalho

Liniker Ribeiro | 27/05/2018 20:58
Caminhões parados em um dos pontos da manifestação no Estado, neste domingo (Foto: Fly Drones)
Caminhões parados em um dos pontos da manifestação no Estado, neste domingo (Foto: Fly Drones)

As manifestações de caminhoneiros por rodovias do Estado devem continuar, pelo menos por mais uma noite, mesmo depois do presidente Michel Temer anunciar medidas como tentativa de acordo. Ao menos em MS, os grupos que ocupam pacificamente diversos pontos do estado, aguardam um posicionamento oficial da Abcam e devem se reunir amanhã para decidir o futuro do protesto.

"Estamos aqui no aguardo, mas tudo indica que tudo vai continuar como está. Até porque os caminhoneiros entenderam que a população também espera mudanças e, as medidas anunciadas, como redução do diesel, querendo ou não beneficiariam apenas os caminhoneiros. Eles aguardam a redução da carga tributária sobre os combustíveis como um todo", relatou Wellington Dias, presidente da AMU (Associação dos Motoristas Autônomos e por Aplicativos de Mobilidade Urbana).

Para o presidente do Setlog (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul) a expectativa é que os pontos de manifestações e de bloqueios sejam desfeitos amanhã. "Nem todo mundo está rodando, mas porque também não adianta sair de um ponto e acabar parando a 50 ou 60 quilômetros de distância. Espero que até amanhã um acordo seja feito", declarou Cláudio Cavol.

No período da tarde, a continuidade da manifestação era unanime por parte dos caminhoneiros parados no posto Caravágio, em Campio Grande, e o próprio presidente do Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros do Estado), Osni Bellinatim indicava isso.

"Não está sendo preciso impedir a passagem, a greve conseguiu unir do pequeno caminhoneiro ao grande e, pela primeira vez, sentimos que não precisa ficar fechando a rodovia, todo mundo entendeu e está optando por não rodar", afirmou Bellinati.

Caminhoneiros que participam das manifestações confirmam a afirmação de Bellinati. "Ontem teve uma reunião onde eles falaram proibição de impedir alguém de ficar e ninguém levantou a mão para ir embora, vamos continuar", afirmou Antônio Marcos Lelis.

José Pedro Franciscon, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), também opinou. "Não vamos desistir, enquanto não tiver um resposta favorável, vamos continuar aqui. Já conseguimos mostrar a força que nós temos e vamos continuar", relatou o caminhoneiro que está parado há cinco dias no local.

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