“Elas estarem vivas até agora é uma vitória”, diz mãe de gêmeas siamesas
Alice Aparecida Silva conta que descobriu situação logo no primeiro ultrassom realizado
Alice Aparecida Silva, de 25 anos, mãe das gêmeas siamesas internadas na Santa Casa de Campo Grande sabe da gravidade do caso das filhas, interligadas pelo tórax e abdômen, mas ainda tem a expectativa de deixar o hospital com as filhas nos braços.
“Queremos que elas fiquem forte logo e levar elas para casa. Estamos torcendo para que dê certo. Só de elas estarem vivas até agora já é uma vitória”, diz a mãe.
Alice conta que descobriu da situação das filhas ainda no primeiro ultrassom. “No dia 8 de agosto do ano passado fiz meu primeiro ultrassom e já fui informada da situação das meninas. Aí meu mundo e do meu esposo caiu, sabemos que é um caso delicado”.
As gêmeas pesam juntas 3,8 kg e estão na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal, respirando com auxílio de aparelhos. As meninas nasceram na sexta-feira (3) e foram batizadas de Maria Julia e Luna Vitória.
Segundo o neonatologista Walter Perez, a decisão clínica e cirúrgica de separação depende da anatomia interna em relação aos órgãos. “São casos raros que precisam ser estudados minuciosamente antes de tomarmos qualquer decisão”.
Em nota, o hospital informa que as gêmeas “recebem antibióticos, alimentação parenteral, recebendo acompanhamento da equipe médica clínica e cirúrgica multidisciplinar e que ainda não tem definição em relação a cirurgia de separação”.