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Capital

"Estamos criando mosquito como a gente cria cachorro", diz secretário

"Dá comida, água, moradia", completou titular da Sesau, José Mauro Filho, em lançamento de operação contra o Aedes aegypti

Jones Mário e Izabela Sanchez | 14/02/2020 09:24
Secretário municipal de Saúde acredita que mosquito está à vontade em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)
Secretário municipal de Saúde acredita que mosquito está à vontade em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

Na avaliação do titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), José Mauro Filho, o Aedes aegypti está bastante à vontade em Campo Grande. O secretário compara criação e procriação do mosquito nas casas da Capital à de cachorros ou animais de estimação, o que ajuda a justificar os 658 casos de dengue confirmados só este ano, segundo boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde).

“A gente criou os meios necessários para se criar o mosquito assim como a gente cria o cachorro. A gente dá comida, dá água, dá moradia. A gente tá criando esse inseto como se fosse animal de estimação”, disse Mauro Filho, durante lançamento da terceira etapa da “Operação Mosquito Zero - É matar ou morrer!”, na Escola Municipal Professora Iracema Maria Vicente, no Bairro Rita Vieira.

“Estamos falando de pontos de larvas de mosquito dentro das residências em utensílios domésticos. Talvez essa fala seja muito simplória, muito forte, mas talvez seja uma forma da população entender que estamos dando todas as condições para que esse mosquito se multiplique, procrie e se sinta à vontade na nossa cidade. Nós temos que interromper esse ciclo”, apelou o titular da Sesau.

José Mauro Filho durante lançamento de etapa da "Operação Mosquito Zero" (Foto: Marcos Maluf)
José Mauro Filho durante lançamento de etapa da "Operação Mosquito Zero" (Foto: Marcos Maluf)

Clima - José Mauro Filho ainda reforçou que Mato Grosso do Sul tem clima propício para proliferação do Aedes aegypti.

O secretário disse ainda que, no Sul do País, de clima mais ameno, “não está tendo problema” com a dengue.

O último boletim epidemiológico do ministério da Saúde diz o contrário. Com 52,98 casos da doença para casa 100 mil habitantes, a região Sul só perde para a Centro-Oeste, com índice de 63,37.

Somados, os estados do Sul também superam os do Centro-Oeste em número de casos prováveis - são 15.881, contra 10.328.

Boletim - Divulgado na última quarta-feira (12), boletim epidemiológico da SES confirmou 11 mortes provocadas por dengue em Mato Grosso do Sul.

Foram identificados no Estado 2.829 casos nos 43 primeiros dias do ano, média de 65,7 a cada dia.

Campo Grande e mais 67 municípios sul-mato-grossenses apresentam média incidência (de 100 a 300 casos para cada 100 mil habitantes) ou alta incidência (acima de 300 casos/100 mil habitantes).

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