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Capital

“Mesmo entregando tudo que tinha fui baleado”, diz vítima de assalto

Viviane Oliveira e Guilherme Henri | 23/06/2016 12:24
Com a cabeça enfaixada, o idoso recebeu alta nesta manhã e aguardava um parente ir buscá-lo.  (Guilherme Henri)
Com a cabeça enfaixada, o idoso recebeu alta nesta manhã e aguardava um parente ir buscá-lo. (Guilherme Henri)

Mesmo entregando tudo que tinha, Waldomiro Mário Szulc, 61 anos, foi baleado na cabeça enquanto aguardava o ônibus para ir ao trabalho, por volta das 5h30 de hoje (23), no Jardim São Conrado, em Campo Grande. O tiro foi de raspão e a vítima, que foi levada à Santa Casa, já recebeu alta médica.

Aguardando na recepção o parente ir buscá-lo, o idoso relatou que estava junto com o vizinho no ponto de ônibus, quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram. O passageiro armado com um revólver de cano longo, desceu e anunciou o assalto.

O vizinho foi o primeiro abordado e entregou o celular. “Em seguida entreguei os dois aparelhos que estavam no meu bolso. Mas como os celulares são simples, o ladrão ficou bravo e veio para cima de mim dizendo que não queria porque era porcaria e pediu minha carteira”, conta.

O suspeito armado atirou depois que o idoso colocou a mão no bolso dando a entender que não tinha mais nada. “Tentei me defender escondendo atrás do pilar de ferro, mas mesmo assim fui baleado”, lamenta. Depois do crime, os bandidos fugiram. Todo ensanguentado, Waldomiro foi para a casa na Rua Caatinga. Desesperada, a filha acionou o Corpo de Bombeiros. 

Waldomiro conta que o local onde aguarda o ônbius é escuro e vai pedir para mudar de horário na empresa. “Não fiquei com medo de morrer, porque fiz o que o ladrão pediu. A cidade está muito violentada e vou ter que entrar mais tarde no emprego”, conta.

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