1ª fase do PAC Pavimentação contempla 23 bairros e Hiroshima
A Prefeitura de Campo Grande corre contra o tempo para iniciar as obras de pavimentação e drenagem para garantir o início da liberação de R$ 311 milhões para obras antes das eleições deste ano. O pacote beneficiará mais de 60 bairros, sendo que obras previstas na primeira fase vão contemplar 23 bairros.
A solenidade para a formalização do contrato entre a Prefeitura da Capital e a Caixa Econômica Federal ocorreu na tarde de hoje (16). O Ministério das Cidades vai liberar o dinheiro por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Pavimentação. Segundo o senador Delcídio do Amaral (PT), a Capital foi, ao lado de Aracaju (SE), uma das únicas a receber este recurso sem sediar um jogo da Copa do Mundo de 2014.
Os projetos foram apresentados na gestão de Nelson Trad Filho (PMDB), segundo o senador Waldemir Moka (PMDB). “Temos que fazer Justiça ao Nelsinho”, destacou o peemedebista. Ele ainda alfinetou Alcides Bernal (PP), que não teria dado andamento aos projetos e, por pouco, Campo Grande não ficou sem o dinheiro.
“Nunca Campo Grande recebeu tanto dinheiro”, ressaltou o prefeito Gilmar Olarte (PP). Ele destacou que ainda serão liberados R$ 180 milhões do PAC Mobilidade Urbana, mas este dinheiro só deve sair após as eleições de outubro.
Além de pavimentação, os investimentos serão para recapeamento de vias importantes, como Avenida Bandeirantes e Rua Brilhante, reforma de terminais e construção de quatro novos terminais (Cafezais, Tamandaré, Parati e Tiradentes).
Início – Após a assinatura dos contratos, o secretário municipal de Obras, Semy Ferraz, informou que R$ 117 milhões em obras já foram licitados. A primeira obra de pavimentação, que começa na próxima semana, vai contemplar a Vila do Polonês, na saída para Cuiabá. A segunda será da rua de acesso à Ceasa (Central de Abastecimento) no Conjunto Mata do Jacinto.
A Avenida Hiroshima será recapeada nesta etapa. No entanto, moradores da região não consideraram a obra tão prioritária. “Não vou mentir, acho que ainda dá para quebrar o galho, tem lugar na cidade bem pior”, afirmou o vendedor Orlando Araújo, 76 anos. Ele até indicou que a Rua Vitório Zeolla, no Bairro Carandá Bosque, é uma que exige reparo emergencial. “Andar lá é um sacrifício, mais do que aqui”, contou ele, que mora na Hiroshima.
Tousadora em uma empresa situada na região, Carol Ribeiro, 18, também acha que tem trechos piores. “Tem alguns buracos que corre o risco de furar o pneu, mas tem outros lugares em situação mais crítica”, comentou a jovem. Ele acha que o recapeamento é desnecessário. “Tem lugar na periferia que dá dó de tanto buraco”, disse.
Nesta primeira fase, as obras de pavimentação também vão contemplar os bairros Panamá, Montevidéu, Costa Verde, Vila Nascente, Futurista, Copacabana e Seminário 2. Segundo Semy, a primeira medição das obras deve ser feita antes do dia 5 de julho para garantir a liberação dos recursos.
Além dos R$ 311 milhões, as obras vão ter aporte de R$ 90 milhões da concessionária de água e esgoto da Capital, Águas Guariroba. A empresa vai investir R$ 90 milhões na ampliação da rede de esgoto. Uma das exigências do Governo federal é que a pavimentação só ocorra em bairros com redes de água e esgoto.