Abandonada, maternidade fechada há 6 anos vira abrigo para invasores
Vizinhos da antiga unidade de saúde relataram furtos, invasões e dependentes químicos fazendo uso do local
Antigas instalações da Maternidade, Hospital da Mulher e CRS (Centro Regional de Saúde) nas Moreninhas estão em situação de abandono na Rua Amapá Doce. O local fica aos fundos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninha, em Campo Grande. Moradores relatam insegurança e invasões frequentes.
A reportagem teve acesso à antiga maternidade e encontrou muita sujeira, mato alto, portas estragadas, camas e latinhas. Além disso, o prédio está sem fiação elétrica e sem objetos como vasos sanitários e pias. Algumas portas também foram arrancadas.
Em 2017, a unidade encerrou os atendimentos por falta de demanda. A gestão, à época, informou que o fluxo não atingia as metas exigidas. Neste ano, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) tinha projeto para transformar o local em unidade de internação psiquiátrica, mas não avançou.
O autônomo Elvis Narciso França, de 35 anos, mora há 14 anos na região. Ele relatou os problemas. "Frequentemente, muitos usuários de droga têm entrado lá e usado de casa. Os furtos também são frequentes. O local está bem sujo".
Outro morador, de 26 anos, que não quis se identificar, explicou que tem medo de caminhar pela rua. "Já vi várias vezes gente entrando e saindo dali. Mulheres levam homens ali para dentro. Nem eu e nem meus familiares andam por aqui sozinho. Virou um lugar para bandidos".
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande. Em nota, a Sesau informou que "está sendo estudado a possibilidade da estrutura abrigar uma unidade de saúde mental. Cabe ressaltar que o local passou recentemente por intervenção, sendo retirado todos os resíduos e materiais inservíveis, foi construído um muro e posto tapumes para impedir o acesso de usuários de drogas e moradores em situação de rua. No entanto, os mesmos foram retirados e os usuários voltaram a utilizar o local. O município, através da Sesau, tem buscado realizar ações de acolhimento e direcionamento destas pessoas para as unidades de tratamento em conjunto com a Assistência Social a fim de que elas deixem as ruas, porém, a grande maioria oferece resistência. Também foi solicitado reforço nas rondas ostensivas de rotina tanto à Guarda Civil Metropolitana quanto à Polícia Militar".
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Matéria atualizada às 13h43 do dia 25 de outubro de 2023 para acréscimo de nota da Prefeitura
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