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Capital

Ação voluntária combate dengue em casa cheia de lixo e com 18 cães

Viviane Oliveira e Mariana Lopes | 27/01/2013 11:39
Segundo os vizinhos, 18 cachorros vivem na casa do idoso. (Foto: Luciano Muta)
Segundo os vizinhos, 18 cachorros vivem na casa do idoso. (Foto: Luciano Muta)

Em plena epidemia de dengue, um idoso vive em meio a uma montanha de lixo com 18 cachorros em casa. Além disso, afirma os moradores, ele não autoriza a visita de agentes de saúde na residência, no bairro Silvia Regina.

Apreensivos, os vizinhos acionaram uma dedetizadora particular, que foi nesta manhã domingo borrifar inseticida na região. A preocupação deles faz todo sentido: a primeira paciente morta por dengue neste ano, Vanderléia de Souza Oliveira, 45 anos, morava na rua de trás da casa do idoso, que fez da residência onde mora um depósito de material reciclável.

“Ele mora há pelo menos 30 anos nesta casa e sempre foi assim”, disse o filho de Vanderléia, Alexandro Oliveira Pereira, 20 anos.

Com dois recém-nascidos em casa, o montador de palco Uilhan Dias, de 23 anos, foi quem acionou a empresa DD Zarabatana, que resolveu fazer o serviço voluntário. “A gente não consegue enxergar a casa dele de tanto entulho. “É muito entulho, já acionamos a Prefeitura, mas ele não deixa ninguém se aproximar”, disse.

Segundo os moradores, o bairro está com muito caso de dengue e qualquer situação de risco é motivo de preocupação. “Todo mundo reclama da casa”, afirma outra moradora, a dona de casa Arleane de Souza Athayde, 37 anos.

Procurado pelo Campo Grande News, o idoso que aparenta ter 60 anos, não quis falar com a equipe de reportagem. Os cachorros, que aparentam estar doentes, sobem em cima da montanha e não deixam ninguém se aproximar da residência.

A dedetização foi feita na manhã deste domingo por uma empresa particular. (Foto: Luciano Muta)
A dedetização foi feita na manhã deste domingo por uma empresa particular. (Foto: Luciano Muta)

Dedetização – O diretor da empresa DD Zarabatana, Gustavo Guimarães, ficou surpreso quando chegou ao local. “A situação aqui é critica”, destaca.

Ele explica que a dedetização será feita por um operador usando uma bomba costal a motor. “Nós vamos borrifar o inseticida no raio de 50 metros do ponto crítico – o que equivale a 20 casas”.

O efeito dura 20 dias e neste período as larvas que virarem mosquitos morrem. “Depois que a vizinha morreu vítima da doença o fumacê passou só uma vez”, reclama Arleane.

Campo Grande já registrou 13.425 casos de dengue em 2013, entre 1º de janeiro e a última quinta-feira (24). Os dados foram divulgados na sexta-feira (25) pela Secretaria de Saúde, e superam os 12 mil no mesmo período de 2007, ano em que a cidade teve uma de suas piores epidemias da doença.

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