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Capital

Acidente de moto levou embora sorriso do caçula da família, lembra irmã

Amigos contam que empresa de ônibus teria prometido ajuda no funeral, mas recuou após acidente ontem

Aline dos Santos e Bruna Marques | 09/04/2021 11:56
Velório de Leandro Marques nesta sexta-feira, em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)
Velório de Leandro Marques nesta sexta-feira, em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)

Com lágrimas, Tatiane Alves Marques, 35 anos, se despediu hoje do sorriso do irmão caçula Leandro Alves Marques, 32 anos. O motociclista que morreu em acidente com ônibus na manhã de ontem (dia 8), em Campo Grande.

“Ele era uma pessoa muito feliz, sempre sorrindo. Vão ficar todas as lembranças boas”, conta Tatiane, bastante emocionada. Ela mora em Chapadão do Sul, a 321 km da Capital, mas esteve com o irmão no último domingo, quando foi comemorada a Páscoa.

“Estamos péssimos e, infelizmente, não dá para saber como foi o acidente, só vimos as fotos”, diz.  O jardineiro Leandro era casado e deixa dois filhos.

No velório, na manhã desta sexta-feira (dia 9), amigos contaram que a empresa proprietária do ônibus teria prometido, via imprensa, ajuda no custo do funeral, orçado em R$ 4 mil, mas não cumpriu.

Leandro estava em motocicleta que foi atingida por ônibus. (Foto: Arquivo Pessoal)
Leandro estava em motocicleta que foi atingida por ônibus. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Falaram para a família que iam pagar o velório, sepultamento, mas o advogado da nossa empresa entrou em contato e falaram que só iam fazer alguma coisa se o erro fosse da empresa de ônibus. Ninguém pediu ajuda deles, mas como falaram que iam ajudar, entramos em contato para saber”, afirma Nestor Neto, 40 anos, patrão e amigo de Leandro, que trabalhava na Vitrine Verde. A empresa empregadora colaborou com o pagamento das despesas.

Nestor conta que conhecia Leandro há 20 anos. “Trabalhamos juntos como jardineiro. Sabe aquele moleque que faz tudo? Tinha múltiplos conhecimentos, era marceneiro, jardineiro, eletricista. Saía do serviço às 17h e fazia bico para cuidar dos filhos. Estou sentindo muito essa perda terrível”, diz.

Esposa de Nestor, Graziela Calegaro, 38 anos, fala com carinho de Leandro, a quem chamava de Leco. “Era honesto, trabalhador. Uma das melhores pessoas que você poderia conhecer”, afirma.

“Ele era uma pessoa muito feliz, sempre sorrindo”, diz a irmã Tatiane. (Foto: Kísie Ainoã)
“Ele era uma pessoa muito feliz, sempre sorrindo”, diz a irmã Tatiane. (Foto: Kísie Ainoã)

O gerente Felipe Coelho, 25 anos, conta que recebeu a ligação de uma testemunha  logo após o acidente. “Perguntei se ele estava bem. A pessoa respondeu que não e disse que ele tinha morrido. Na hora, não quis acreditar. Quando cheguei, tinha um pano nele e mais nada que a gente pudesse fazer”, relata.

Cruzamento - O acidente foi na esquina das ruas 26 de Agosto com a Anhanduí, no Centro de Campo Grande. Segundo testemunhas, o ônibus da NPQ e a motocicleta de Leandro seguiam no mesmo sentido, quando o ônibus foi virar à direita para entrar na Rua Anhanduí e acabou atingindo a vítima, que foi arrastada por cerca de 15 metros.

No local, o motorista do ônibus disse que não viu a moto, mas parou ao ouvir o barulho da pancada. vítima havia acabado de deixar a esposa no emprego, na Avenida Bandeirantes, e seguia para a floricultura, próximo à Câmara Municipal.

Foi aberto inquérito policial para saber de quem foi a responsabilidade. Se for do motorista, ele vai responder por homicídio culposo de trânsito, quando não há intenção de matar. O Campo Grande News não conseguiu contato com a empresa NPQ.

“Estou sentindo muito essa perda terrível”, afirma Nestor, amigo e patrão da vítima. (Foto: Kísie Ainoã)
“Estou sentindo muito essa perda terrível”, afirma Nestor, amigo e patrão da vítima. (Foto: Kísie Ainoã)


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