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Capital

Ações do Dia da Alimentação apelam para volta da Lei da Cantina Saudável

Aliny Mary Dias | 16/10/2013 09:51
Ônibus "Verdurão" vende tudo a R$ 2,50 (Foto: Cleber Gellio)
Ônibus "Verdurão" vende tudo a R$ 2,50 (Foto: Cleber Gellio)

A comemoração do Dia Mundial da Alimentação em Campo Grande ganhou um apelo sobre a volta da lei da Cantina Saudável. O evento, que ocorre até o fim da tarde de hoje (16), no calçadão da rua Barão do Rio Branco, tem orientação nutricional, distribuição e venda de alimentos orgânicos e abaixo assinado em favor da Cantina Saudável.

A presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar, Osvaldinete de Oliveira, explica que a mobilização tem o objetivo de tirar Campo Grande do topo do ranking das capitais mais obesas do país.

“Especialmente por ser a cidade mais obesa, nós acreditamos que esse movimento tem que ser propagado entre as pessoas. Para ter uma população saudável, temos que começar pela infância e a venda de produtos saudáveis nas cantinas é fundamental”, explica.

A tenda que recolhe assinaturas em apoio a volta da lei está localizada na Barão do Rio Branco entre a 14 de Julho e a Calógeras. No mesmo ponto, kits com verduras e legumes orgânicos são distribuídos para a população com orientações para uma alimentação saudável.

Assinaturas a favor da Lei da Cantina Saudável serão colhidas e encaminhadas para a Justiça (Foto: Cleber Gellio)
Assinaturas a favor da Lei da Cantina Saudável serão colhidas e encaminhadas para a Justiça (Foto: Cleber Gellio)

O ônibus conhecido como “Verdurão”, geralmente estacionado às quartas-feiras na feira realizada na Praça do Rádio Clube hoje está na Barão. Uma das vendedoras dos produtos orgânicos, Zilda de Freitas, 52 anos, conta que o valor é padronizado em R$ 2,50 por qualquer item.

“Temos todos os tipos de verduras e legumes orgânicos. Temos alface, abobrinha, tomate, mandioca, batata doce, manjericão, salsinha, cebolinha e mais um monte”, conta a produtora que há 10 anos planta verduras e legumes.

A orientação sobre as calorias, sal, açúcar e gordura de alimentos que todos consomem no dia a dia também é o objetivo dos nutricionistas que participam da ação. Alguns índices chamam a atenção, um pacote de bolacha de chocolate, por exemplo, tem cerca de 880 calorias, quase o dobro de uma pizza congelada.

“Nós queremos conscientizar as pessoas que muitas coisas que elas comem todos os dias são vilãs da saúde. Explicamos os detalhes de cada alimento e esperamos que as pessoas saiam daqui com outro olhar”, conta a acadêmica de Nutrição, Iolly Pereira, 23.

Terezinha aprovou o bolo de bocaiúva (Foto: Cleber Gellio)
Terezinha aprovou o bolo de bocaiúva (Foto: Cleber Gellio)

Experiência – Em meio às orientações sobre os alimentos e a avaliação nutricional, um grupo de acadêmicos realiza uma experiência com produtos feitos com frutas do cerrado. O bolo de genipapo e de bocaiúva é oferecido para quem passa pelo calçadão.

Sem saber do que é feito, quem come os pedaços aprova e depois se diz surpreso. “Para mim foi uma surpresa muito grande. Nunca tinha comido bocaiúva e achei uma delícia. Está aprovadíssimo”, conta a aposentada Terezinha Campos, 80.

A acadêmica de Nutrição explica que as impressões da populações sobre os alimentos serão usadas na conclusão do projeto desenvolvido pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

“A gente só conta para a pessoa que os alimentos são do cerrado depois que ela prova. Na maioria das vezes a aceitação é boa e eles gostam. Com esses resultados, iremos concluir nosso projeto e quem sabe pensar em comercializar”, completa Gabriela Marcelino, 20.

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