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Capital

Acumulando condenações, Nando deverá cumprir pena máxima, diz MP

Nando passa nesta quarta-feira (5) pelo 9º julgamento

Kerolyn Araújo e Mirian Machado | 05/06/2019 10:14
Promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos. (Foto: Marina Pacheco)
Promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos. (Foto: Marina Pacheco)

Luiz Alves Martins Filho, o Nando, que já foi condenado a 88 anos de prisão por uma série de assassinatos em Campo Grande, poderá passar 30 anos na cadeia, tempo máximo previsto pela legislação brasileira. Com a quantidade de condenações já acumuladas, o serial killer não deverá receber nenhum benefício da Justiça.

Conforme o promotor de Justiça do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, depois de ser julgado por todos os crimes, as penas serão unificadas nas Varas de Execuções Penais e o juiz tratará sobre os prazos de benefícios. Porém, o promotor acredita que Nando não será beneficiado.

''Pela quantidade de condenações que ele tem, acredito que os benefícios que a lei prevê estejam um tanto distante em relação a ele, de forma que começa a surgir a possibilidade que ele cumpra a pena máxima prevista na legislação brasileira, que é de 30 anos de reclusão", explicou.

9° julgamento - Nando passa nesta quarta-feira (5) pelo 9° julgamento de uma série de assassinatos que é apontado como autor.

Hoje, o serial killer responderá pela morte de Alex da Silva Santos, 18 anos, morto em 2016 na Rua dos Astronautas, no Jardim Veraneio. Segundo a acusação, o jovem foi morto por estrangulamento com uma correia de máquina de lavar roupas. Nando teria matado Alex por vingança depois de ter sido furtado pelo rapaz.

O caso - Nando é autor de uma série de assassinatos no bairro Danúbio Azul. As vítimas eram, em maioria, jovens mulheres envolvidas com consumo de drogas e inseridas em contexto de vulnerabilidade social.

Ele é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2012 e 2016, e ficou conhecido como um dos maiores serial killers do Estado, pela quantidade e a forma cruel como executava os crimes.

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