Acusado de matar homem com tiro na cabeça é inocentado 3 meses após prisão
Em juízo, Haldeny Alencar Pereira afirmou que confessou crime por se sentir pressionado na delegacia
Haldeny de Alencar Pereira, 39 anos, foi inocentado da acusação de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima pela morte de Weser Costa da Silva, em 25 de julho de 2023. O homem havia confessado o crime em abril deste ano, mas acabou voltando atrás e negou a autoria em juízo, dizendo que se sentiu pressionado na delegacia.
Weser foi executado com tiro na cabeça no barraco onde morava no Bairro Jardim Noroeste. Equipe da Polícia Militar foi acionada por vizinhos que ouviram o tiro e o homem foi encontrado morto na cama. O autor acabou sendo identificado meses depois e confessou o crime em depoimento.
Conforme divulgado pela polícia em abril deste ano, o homem contou que havia planejado matar Weser e, por isso, esperou o momento em que ele estaria sozinho em casa para que ele não oferecesse nenhuma resistência. A arma usada por ele, uma pistola 380, havia sido alugada por R$ 500.
Depois de ser ouvido, ele foi liberado e, em agosto deste ano, ele foi preso por força de mandado de prisão expedido contra ele. No entanto, no último dia 5 de novembro o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida acabou impronunciando Haldeny da acusação por falta de provas contra ele, já que em juízo ele negou ser o autor do tiro que matou o Weser.
Em interrogatório judicial, o homem afirmou que se sentiu pressionado na delegacia e acabou confessando ter matado Weser, porém, no dia do crime, estava na casa de sua irmã e não sabe dizer quem atirou na vítima. Ele também alegou que o homem cometia muitos delitos na região.
Além disso, o magistrado pontua que não há indícios suficientes de que Haldeny seja o autor do crime “notadamente porque os depoimentos colhidos em fase judicial – que poderiam apontar uma possível autoria – não trouxeram elementos suficientes para pronunciá-lo”, declara Garcete, destacando que a conclusão foi a mesma do MPMS.
Por fim, o juiz determina a revogação da prisão preventiva do acusado e a expedição do alvará de soltura de Haldeny.
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