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Capital

Acusado de torturar e estuprar mãe desaparecida está solto há 5 meses

Ricardo Campos Jr. | 03/06/2015 16:53
Condomínio fechado onde Ísis morava com os filhos (Foto: Fernando Antunes)
Condomínio fechado onde Ísis morava com os filhos (Foto: Fernando Antunes)

Acusado de estuprar e torturar Isis Caroline da Silva Santos em 2014, o pedreiro Alex Armindo Anacleto de Souza, 32 anos, foi solto em dezembro do ano passado do Presídio de Segurança Média de Três Lagoas, onde estava detido. Ele já havia sido casado com a vítima e cometeu o crime por não aceitar a separação, conforme os registros da época. Após o ocorrido, a mulher se mudou para Campo Grande com os filhos e desapareceu na terça-feira (2).

O sumiço começou a ser investigado somente nesta quinta-feira, quando a família de Ísis procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para registrar o boletim de ocorrência. Por isso, a polícia não se manifesta no sentido de afirmar se o pedreiro é ou não tratado como suspeito do desaparecimento, apesar de a família acreditar que ele esteja envolvido.

A delegada Cláudia Gerei, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), explica que a unidade fez somente o boletim por abandono de incapaz, visto que as crianças foram encontradas sozinhas em casa pelos vizinhos.

Poucas informações disponíveis sobre o processo contra Souza, visto que o caso corre em segredo de Justiça, apontam que a defesa entrou com pedido de liberdade provisória em outubro de 2014, que foi aceito posteriormente.

O advogado Ezequiel Alves da Silva, que consta como defensor do acusado, não foi encontrado para comentar o caso.

Tortura – Consta nos registros que Ísis foi convidada pelo ex para ir até uma chopperia e aceitou o convite porque precisava falar com ele. No meio do caminho, entretanto, ele desviou e a levou para um beco perto da BR-262. No local, a vítima foi agredida com tapas, socos.

Souza levou a mulher para casa e obrigou a manter relações sexuais com ele sob ameaça de esfaqueá-la. Em seguida, fez Ísis comer um pedaço de maconha e raspou o cabelo dela para deixá-la “feia” e impedir que se relacionasse com outra pessoa além dele.

A vítima convenceu o acusado que todos iriam desconfiar dele, já que ela estava machucada e com os cabelos raspados e os dois combinaram em chamar a polícia mentindo que se tratava de um roubo.

Quando a viatura chegou ao local, a mulher aproveitou para correr em direção aos militares e contar a verdade, fazendo com que ele fosse preso em flagrante por estupro, violência doméstica, cárcere privado e porte de drogas.

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