Acusados de matar garota de programa vão a júri popular em março
Acusados da morte de uma garota de programa em 2009, Leonardo Leite Cardoso, Fernando Pereira Verone e Hugo Pereira da Silva devem ir a júri popular em março.
O julgamento pelo assassinato de Claudinéia Rodrigues havia sido marcado para novembro de 2009, mas os acusados recorreram ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Em setembro do ano passado, o tribunal manteve a sentença para que os acusados enfrentem o júri e libertou Leonardo Leite Cardoso e Fernando Pereira Verone, que estavam presos no Instituto Penal. Hugo da Silva já estava em liberdade.
O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, determinou a abertura de vista para as partes e a inclusão do caso na pauta de julgamento do mês de março.
No ano passado, a defesa de Leonardo recorreu ao TJ pedindo absolvição sumária. A justificativa é um laudo pericial atestando que o jovem é inimputável, ou seja, não tem consciência dos seus atos.
Mãe de três filhos, a garota de programa conhecida como Néia foi morta a socos, pontapés e golpes de tijolo na cabeça. O crime aconteceu na madrugada do dia 9 de maio de 2009, em um terreno atrás do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
O trio estava no carro do pai de Fernando, um Pálio Weekend, quando "pegaram" a vítima e uma amiga no Centro da Capital. Eles seguiam para um motel, quando, ao perceber a situação de perigo, a amiga de Néia pulou do carro em movimento.
Não há definição sobre a autoria do crime. "A controvérsia está em saber quem assassinou a mesma no local do crime, porquanto Hugo e Fernando negam os atos de execução da vítima, atribuindo exclusivamente a Leonardo e este também nega, admitindo, todavia, desferir apenas um golpe de pedra na cabeça dela, sem intenção de matar", enfatiza o magistrado na sentença que mandou os jovens a júri.