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Capital

Advogada diz que vai pagar estragos causados pelo filho em briga com vizinho

Jonas Mongenot Júnior deixará a prisão nesta terça-feira (07) após a mãe ter pago R$ 40 mil de fiança

Adriano Fernandes | 06/01/2020 20:09
Móveis danificados pelo piloto com um extintor. (Foto: Direto das Ruas)
Móveis danificados pelo piloto com um extintor. (Foto: Direto das Ruas)

A advogada Cleuza Ferreira da Cruz Mongenot, mãe do piloto de avião Jonas Mongenot Júnior, de 41 anos, informou que vai arcar com os estragos causados pelo filho, na confusão entre ele e o vizinho, na noite de 31 de dezembro. Foi a advogada quem também pagou, nesta segunda-feira (06) os R$ 40 mil de fiança para a soltura do piloto.

A previsão era de que Jonas fosse liberado da prisão ainda hoje, mas devido a queda do sistema para emissão dos alvarás de soltura o piloto deixará o Instituto Penal da Capital, amanhã (07) pela manhã. “Eu me proponho a reparar os veículos e outros danos causados, mas tudo será discutido judicialmente, com a avaliação pericial e orçamentos necessários”, comentou.

Durante a confusão entre o piloto e o vizinho, o advogado Munir Jorge, Jonas invadiu o apartamento do morador, destruiu móveis e danificou a motocicleta Harley Davidson e o veículo Mercedes Bens da vítima. Os dois são vizinhos no condomínio Jardins do Jatobá, na Afonso Pena 

A advogada reconhece a responsabilidade do filho na confusão, mas também ressalta que vai buscar justiça pela atitude do vizinho, que teria dado um tapa no filho do piloto. “Nada justifica esse comportamento agressivo, reconheço que ele danificou o apartamento, mas ele (Munir) incitou a fúria do meu filho. Bateu em uma criança, empurrou minha nora. Era para ele ter ficado preso também. De qualquer forma quero resolver tudo na paz. Estamos abertos ao diálogo e algum possível acordo”, acrescenta. 

Tanto a criança quando a esposa de Jonas, irão passar por exame de corpo de delito, ressalta Cleusa. A família não deve continuar morando no condomínio após a soltura de Jonas, prevista para amanhã. Os condominos do residencial também irão entrar na justiça pedindo a expulsão do piloto do residencial.

A advogada também criticou a atuação do advogado do filho no processo, Jaques Fortes de Andrade. Na última sexta-feira (03), quando pediu a redução do valor da fiança arbitrada pela justiça - que no dia foi negada -, o advogado também requereu a anulação de habeas corpus protocolado pela mãe do piloto. Na petição Jaques pontuou que o pedido de Célia Mongenot foi feito “à revelia”.

Contudo, o piloto só deixará a prisão devido ao pedido de redução no valor da fiança, ingressado pela advogada. “Ele não soube defender meu filho na audiência de custódia. Esse processo teria de correr na esfera civil, não foi criminal. Mentiu que a família estava fazendo vaquinha para conseguir o dinheiro da fiança, sendo que esse valor foi pago integralmente por mim”, citou.

O caso – Conforme o boletim de ocorrência sobre o caso, por volta das 23h30 da última terça-feira (31), Jonas e o filho de dez anos soltavam fogos de artifício na Afonso Pena, em frente ao prédio, para comemorar a virada do ano. Com um cachorro em casa, Munir ficou incomodado pelo barulho, desceu do apartamento e foi tirar satisfação com o vizinho.

Durante a confusão ainda na portaria, Jonas ameaçou queimar a vítima com uma espécie de laser. Munir, então, agrediu o vizinho com um soco, na frente do filho de Jonas e subiu pelo elevador. Durante audiência de custódia o piloto também alegou que o vizinho também teria dado um tapa no filho dele de 10 anos.

Jonas então subiu até a casa do vizinho, arrebentou o quadro de energia, arrombou a porta da cozinha do apartamento de Munir, invadiu o imóvel e danificou vários objetos usando um extintor de incêndio. Jonas ainda foi até a garagem e danificou a motocicleta Harley Davidson e o veículo Mercedes Bens da vítima, que teve retrovisores quebrados e a lataria riscada de ponta a ponta.

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