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Capital

Advogado alega que homem que matou marido da ex agiu em legítima defesa

Jones Vera não foi preso e deve se apresentar à polícia nos próximos dias, segundo a defesa

Por Alison Silva e Dayene Paz | 28/10/2023 14:26
Advogado alega que homem que matou marido da ex agiu em legítima defesa
Cena do local após os disparos em frente a Unidade de Saúde (Foto: Paulo Francis)

Amílton Ferreira de Almeida, advogado de Jones Vera Gonçalves, de 39, autor dos disparos que mataram Gabriel Soriano da Silva, de 27 anos, na última quinta-feira em frente à UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Santa Emília, disse que seu cliente agiu em legítima defesa. A alegação é que o homem achou que a vítima estaria armada depois de tê-lo ameaçado.

O encontro na unidade de saúde teria sido casual, conforme informações já divulgadas pela Polícia Civil. Gabriel era casado com a ex-mulher de Jones e estava na unidade para que o filho do casal, de 9 anos, recebesse atendimento. Naquele dia, Jones também foi ao posto, acompanhado da atual esposa.

Segundo o advogado, os dois começaram a discutir, saíram da UBS (Unidade Básica de Saúde) e Jones entrou no carro. Diz que teria visto Gabriel dentro do veículo da ex-mulher e ouviu a ameaça: "o seu tá aqui".

De acordo com o advogado, após isso, Gabriel pareceu pegar algo, sair do carro e ir em direção a Jones. Ele imaginou que a vítima estivesse armada e, temendo ser atingido, atirou de dentro do veículo, contra Gabriel. O homem também não soube dizer quantos tiros disparou. Por fim, a defesa disse que, ao perceber o menino no veículo, o atirador se assustou e fugiu do local.

A vítima morreu, atingida por dois tiros. A advogado afirmou que o autor  irá se apresentar à polícia na próxima semana e que até o momento não há pedido de prisão preventiva e nem temporária do atirador. Em ocasiões anteriores, o autor dos disparos chegou a protocolar um boletim de ocorrência por injúria e ameaça contra Gabriel.

O Campo Grande News apurou que existem vários boletins de ocorrência de ameaça, nos quais Jones atua como vítima e Gabriel como autor. Em um deles, de ameaça e injúria, registrado no dia 5 de julho deste ano, Jones procurou a polícia afirmando que recebeu mensagens com ameaças de morte pelo WhatsApp vindas de Gabriel.

"Vou te matar. Vou cuspir na sua cara. Você mexeu comigo, agora aguenta. Vou quebrar suas pernas. Você arrumou pra cabeça (sic)", relatou Jones sobre o teor das mensagens. A motivação das ameaças, assim como a do crime na tarde de ontem, ainda é desconhecida.

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