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Capital

Advogado de SP pede vista a ação contra "Jamilzinho" para decidir se assume caso

Empresário, acusado de integrar organização criminosa, está sem representação em processo de transferência a presídio federal

Marta Ferreira | 28/10/2019 20:21
Jamil Name Filho, 42 anos, está no presídio federal de Campo Grande desde 12 de outubro. (Foto: Reprodução internet)
Jamil Name Filho, 42 anos, está no presídio federal de Campo Grande desde 12 de outubro. (Foto: Reprodução internet)

Com escritórios em São Paulo e Brasília, o advogado Márcio Pollet protocolou nesta segunda-feira (28) pedido de vista à 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, e solicitou prazo de cinco dias para tomar pé dos autos existentes contra Jamil Name Filho, 42 anos, acusado junto com o pai e mais 20 pessoas, de integrar organização criminosa armada dedicada a execuções em Campo Grande. O pedido foi feito no processo sobre a solicitação de transferência para o sistema penal federal de "Jamilzinho", como é conhecido, do pai, Jamil Name, 80 anos, e dos policiais Vladenilson Olmedo, de 63 anos, e Márcio Cavalcanti, de 60 anos.

Com a solicitação, normalmente atendida, a defesa ganha mais tempo para tentar evitar a transferência para o presídio federal de Mossoró (RN), para onde os réus tem previsão de serem levados. Os quatro estão na penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande desde  o dia 12 de outubro, após a descoberta pelo setor de inteligência da Polícia Civil de plano para ataque ao delegado Fábio Peró, da Garras (Delegacia Especializada de Repressão (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro).

No pedido apresentado ao juiz Mário José Esbalqueiro, em substituição legal na 1ª Vara, Polett afirma que em razão da complexidade do caso, precisa do prazo para decidir se vai mesmo assumir a causa. Antes, o representante de Jamil Name Filho era o criminalista Renê Siufi, que continua atendendo o patriarca da família, segundo apurou a reportagem. Siufi foi procurado, mas não atendeu as ligações nem respondeu às mensagens no WhatsApp.

O advogado com escritórios em São Paulo e Brasília afirma, ainda, que foi procurado pela família de “Jamilzinho” para patrocinar a defesa. Ele cita a existência de quatro ações contra o empresário ao pedir tempo para decidir. Ele é denunciado por crimes que vão de organização criminosa a adulteração de sinal de veículos.

Na semana passada, o magistrado responsável pelo caso havia dado prazo de três para apresentação de advogado para Jamil Name Filho. Se isso não ocorresse, nomearia defensor público.

Quem é – O escritório de Márcio Pollett, segundo o site na internet, é especializado em direito tributário, administrativo, civil, empresarial e defesa do consumidor. Formado em Mato Grosso do Sul, Pollet tem escritório em São Paulo há quase vinte anos, e também no Distrito Federal. Atua em diversas causas na Justiça de Mato Grosso do Sul, mas não na área criminal. 

Em fevereiro de 2019, foi personagem de ato de desagravo da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em São Paulo, em razão de episódios que envolveram a Polícia Federal de Mato Grosso do Sul em 2007. À época, Márcio Polett ficou dois dias no presídio federal de Campo Grande, durante a Operação Xeque Mate, contra a máfia dos caça-níqueis, na qual Jamilzinho também foi preso e depois solto.

Em outra operação, a Themis, teve o escritório e a casa revirados sem mandado de busca e apreensão. Foi excluído das investigações por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Afirmou, no ato promovido pela OAB, que sua inclusão nos mandados de prisão foi “pura maldade”.

Não houve manifestação do juiz ainda sobre o pedido de vista.

 

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