Advogado e família dizem que homem morto pela PM tinha problema mental
Suspeito estava sendo acusado de abusar de vizinhas adolescentes.
Abadio Rezende, advogado da família do homem morto nesta manhã (4) por policiais militares após ser acusado de abuso na Vila Taquarussu em Campo Grande, informou que João Marcos da Silva Araújo, de 42 anos tinha problemas mentais. Suspeito teria saído há 15 dias da prisão, por tráfico de drogas.
No local a família do homem está revoltada e disse que não havia necessidade dos policiais atirarem. Conforme o advogado, a defesa acredita que houve abuso de autoridade por parte dos policiais.
A mãe do homem, disse que o filho não estava se masturbando, como vizinhos relataram, e sim estava apenas se coçando.
A dinâmica de como tudo aconteceu ainda não está clara. As informações iniciais, segundo testemunhas, são de que o homem estaria se masturbando em um corredor na frente de adolescentes. Vizinhos viram a ação tentaram intervir, mas o suspeito pegou uma faca e fez uma das adolescentes refém.
A polícia foi acionada e realizou tiros com balas de borracha. O homem então teria rasgado o colete de um dos policiais com a faca e os militares revidaram com tiras de arma letal. O homem foi atingido por dois disparos e morreu antes do socorro chegar.
No local, neste momento segue com bastante movimentação de curiosos. A perícia está no local fazendo os trabalhos para liberar o corpo para o Imol (Instituo de Medicina e Odontologia Legal).
Outra versão- O local é um terreno onde tem várias casas. As meninas adolescentes que seriam vítimas do suposto abuso e o suspeito, são vizinhos e moram no mesmo terreno.
Tatiana Vegas Lopes de 31 anos é amiga da família das adolescentes, segundo ela, na casa estavam três jovens de 18, 13 e 11 anos que são filhas de um policial militar aposentado. A mais velha teria visto um vulto passar pela janela e quando foi ver o que era flagrou o homem se masturbando na porta da casa dela. A menina então teria gravado a ação e enviado ao pai que logo em seguida foi ao local e encontrou o homem já fazendo uma das filhas refém. Ele ainda teria tentado negociar, e sem sucesso acionou a polícia.
O caso está sendo investigado.